Por Yago Fernandes

Você sabe que, na maioria das vezes, os fatos do cotidiano são um exemplo em nossas vidas. Se tivermos um pouco de sensibilidade aprendemos com quem está ao nosso lado… é por isso que gosto de falar de ideias. Estou a pensar que talvez por causa delas sou apaixonado pelas ciências humanas… ‘viajamos na maionese’. Mas aonde queres chegar com essa conversa toda, Yago? Já irei te revelar. Pelo título do assunto de hoje você já notou que falarei das mulheres. Com as mulheres.

‘Estamos carecas’ de saber que elas têm se emancipado cada vez mais… Apesar das grandes dificuldades e da cultura misógina, avançamos… pouco, mas avançamos. E é isto de que falo nos meus comentários e assuntos do dia. De um lado o número de feminicídio não para de crescer. Seja no rádio, TV, jornal, onde for… ficamos a saber que uma mulher foi morta pelo namorado, marido ou companheiro. Mulheres, jovens, que estão sendo silenciadas no calor de suas vidas. E nada, absolutamente nada está sendo feito. É fato… nesse exato momento uma mulher é violada, omitida dos seus direitos. Infelizmente. Virando a página… ‘Das 55 redações com nota mil no Enem 2018, 42 foram inscritas por mulheres’, diz a manchete. Algo bom e que nos alegra. Não aos ‘machos’. Que asco desse tipo de homem! Afinal, existe a diferença entre um homem de verdade e um machinho… ah, se existe. Mas vamos adiante.

Essas duas realidades que você acabou de ler aí acima estão bem à frente dos nossos olhos. Só que a analogia que faço é para dizer que é possível mudarmos tudo isso. E tudo começa pela educação dentro de casa. Pai e mãe educando por igual menino e menina. – Ah, mas o Júnior pode mijar na calçada (E a palavra que usam é “mijar” mesmo. Credo, que gentinha mal educada!). Já a Aninha, não pode. Tem que segurar e fazer xixi em casa – dizem os pais. E não acabou… As meninas são criadas para o altar, os meninos provedores do lar. “Elas usam rosa, eles azul”… Enfim, discursos e ações que promovem o desrespeito à cidadania feminina, gerando uma sociedade machista e que mata mulheres.

Mulheres, tenham cuidado com os relacionamentos. Vocês podem perceber que o sujeito já não presta no momento que ele já segura forte o seu braço ou ergue o tom ao impedi-la de algo. Não vivam exclusivamente com o sonho do casamento… vais te arrepender duramente. Estudem, trabalhem e se qualifiquem muito. E, se for necessário e conveniente, aí pode surgir o matrimônio. Uma mulher que estuda e lê muito… Meu Deus, não só tira uma boa pontuação no Enem, mas derruba até um avião. Elas sabem que têm poder para isso… Ah, e antes que eu esqueça. Essa história mentirosa de que a mulher veio da costela de um homem não pode ser mais difundida por aí. Costela é carne de segunda… Tais pensamentos correlatos como “Não separe o homem o que Deus uniu” ou “Mulheres, sejam submissas aos vossos maridos…” são de um ódio explícito e espúrio. Sem estes discursos nojentos, vamos ganhando mais vezes mulheres independentes e corajosas… Você deve com certeza conhecer uma.

Cuidado com o que sai de sua boca

Ninguém gosta de ouvir palavras grosseiras, que nos fere. Pensar antes de proferir qualquer discurso ajuda nossa relação dentro de casa com a família, no trabalho ou onde for. Gosto muito de uma frase que diz – “Quem vigia os lábios, preserva o coração da angústia.” Essa máxima foi deixada pelo Rei Salomão. Ignorante é o que falar sem pensar e sem medo de magoar os outros. Vamos à prática, então. Falando com cuidado, você evita aborrecimentos e é feliz.

Falar em público

Nas minhas palestras ligadas a qualquer assunto que envolva comunicação, digo sempre que falar em público é uma possibilidade de todos. Sem distinção. Ninguém nasce orador. A arte de apresentar-se diante de várias pessoas e falar sobre algo é conquistada com muita prática, não por um dom deificado. Duas coisas são importantes, todavia, nesse processo. Conteúdo e coragem. Ora, se sou escalado para fazer uma apresentação sobre sapatos… falarei da história, cores, vendas, das tendências e modas. Isso é conteúdo. E a coragem, aos poucos, vai sendo trabalhada. Exercite. Fale aquilo que saiba e ganharás confiança de um público maior. A timidez sempre existirá, o frio na barriga haverá. Mas pense que és importante e que, se há uma gente a te ouvir, é que querem aprender com você. Falar em público é possível. É fundamental. Boa sorte!

Yago Fernandes é recém-formado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Atualmente, trabalha no Departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lagoa Seca/PB.

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