Atualmente, o canal da transposição em Monteiro acumula apenas água das chuvas e apresenta rachaduras em vários pontos, além de lodo e blocos de areia. No total, 35 cidades paraibanas dependem da água das transposição. Entre elas está Campina Grande, a segunda maior do estado.
“Com relação ao abastecimento da cidade, a gente tranquiliza a população. Nós temos 103,5 milhões de m³ que dá para atender todos em torno do açude, inclusive fazendo recarga em torno do açude Acauã. O problema maior são os ribeirinhos, eles são os mais prejudicados”, explica o presidente da Aesa.
Sobre os problemas na estrutura, o Ministério de Desenvolvimento Regional disse que o Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco está em pré-operação, etapa em que pode surgir a necessidade de serviços de manutenção e reparos nos canais e estruturas. “Existe, no momento, um Consórcio Operador responsável pela pré-operação, manutenção, gestão ambiental, conservação e vigilância patrimonial das instalações de construção civil, dos equipamentos e dos sistemas elétricos, mecânicos e hidromecânicos do Projeto”, disse em nota.
Entre as atribuições do Consórcio estão exatamente a realização de serviços de manutenção nos canais, que incluem a remoção constante de vegetação que cresce diariamente no entorno das estruturas e a realização de reparos em placas de concreto. Em decorrência das altas temperaturas da região durante o dia e constante exposição ao sol, além de baixas temperaturas à noite, é esperado que possam surgir fissuras em placas.Sobre o bombeamento, o Ministério informou que na fase de pré-operação é possível que ocorram interrupções do bombeamento em algum trecho para a realização de serviços de manutenção em estruturas.
“Vale ressaltar que o segundo maior reservatório do estado da Paraíba, o Boqueirão, tem disponibilidade hídrica para assegurar o atendimento de cidades abastecidas pelo Projeto São Francisco. Portanto, interrupções temporárias no bombeamento não afetaram a chegada da água à população na região de Campina Grande, por exemplo, que é atendida pelo sistema desde março de 2017. Neste período, mesmo em fase de pré-operação, o Projeto tem beneficiado mais de um milhão de habitantes em 38 cidades da Paraíba e de Pernambuco, sem custos aos governos estaduais”, explicou em nota.
Com informações do G1