O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro deva utilizar mordaça ‘para evitar algumas falas’. A proposta diz respeito à polêmica envolvendo o presidente que afirmou, no último dia 29, que o advogado e militante de esquerda Felipe Santa Cruz de Oliveira, teria sido assassinado por integrantes da Ação Popular (AP).
O advogado era pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. De acordo com o ministro, “apenas criando um aparelho de mordaça” para impedir as falas do presidente.
De acordo com Bolsonaro, Fernando teria sido morto por integrantes da AP, grupo contra o regime, que ‘suspeitavam de traição’ durante a ditadura militar (1964-1985) e não pelas Forças Armadas. “Não foram militares que mataram ele. É muito fácil culpar os militares por tudo o que acontece”, disse durante uma transmissão ao vivo no Facebook.
No último dia 24, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos expediu o atestado de óbito de Fernando Santa Cruz. Segundo o documento ele “faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985”.
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