O ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, prestou depoimento no Fórum da cidade na manhã desta quarta-feira (04) a partir das denúncias feitas com base na Operação Xeque-Mate. Ele foi interrogado pelo Ministério Público sobre a aplicação de esquemas de cartas-renúncia entre os vereadores de Cabedelo.
Leto revelou em depoimento que o vereador José Eudes liderou um dos esquemas de cartas-renúncia, o que os vereadores queriam impedir a eleição de Jaqueline Monteiro para presidente da Câmara. O vereador teria inclusive forjado a própria assinatura para que, em caso de exame grafotécnico, não tivesse a grafia reconhecida.
A prática de utilizar cartas-renúncia dos vereadores é antiga, de acordo com Leto. “Desde 2009 se usa desse expediente pra negociatas em Cabedelo”, declarou o ex-prefeito. Ainda de acordo com o depoimento dele, dois ex-presidentes da Câmara de Cabedelo, Lucas e Lúcio, teriam se beneficiado com a aplicação do esquema.
De acordo com depoimento prestado por Leto Viana, havia dois esquemas de cartas-renúncia em vigor na cidade de Cabedelo. O primeiro esquema ocorreu durante a eleição de 2016 a partir da união entre Leto e quatro vereadores. Leto financiou a campanha desses vereadores e em troca disso teria eles como aliados. Para esse acordo, os vereadores assinaram cartas-renúncia, promissórias e também a desfiliação do partido porque caso não seguissem com Leto, seriam desfiliados e consequentemente perderiam os mandatos.
Já no segundo esquema, os outros vereadores assinaram os documentos para tentar impedir que Jaqueline vencesse a eleição para presidente da Câmara. Eudes, Tecinho e Fabiana estariam nesse segundo esquema, segundo o ex-prefeito. Ele afirmou ainda que não teve contato com este esquema, só ficou sabendo do que aconteceu.
Com informações do Click PB
