Um ano após o ataque ao presídio PB1, em Jacarapé, em João Pessoa, que ocasionou a fuga de 92 presos do complexo penitenciário, 20 presos seguem foragidos, de acordo com o levantamento feito pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). De acordo com o secretário executivo, João Paulo Ferreira, até então, 72 fugitivos foram capturados.
Conforme dados disponíveis na plataforma Geopresídios do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o complexo penitenciário modelo de João Pessoa, presídios PB1 e PB2, atualmente tem 698 presos com uma capacidade de 640 presos. Os dados são referentes ao mês de junho de 2019. Do total de 698, apenas 63 deles são provisórios.
A ação criminosa que resultou na fuga em massa foi para resgatar um preso, identificado como Romário Gomes Silveira, conhecido como Romarinho, acusado de comandar uma quadrilha especializada em assaltos a bancos. Romarinho que foi localizado em Fortaleza, no Ceará, e preso em junho de 2019.
Ainda de acordo com João Paulo Ferreira, as forças de segurança do estado seguem em busca dos demais fugitivos do PB1 que aproveitaram o resgate a Romarinho na época e escaparam do presídio.
A fuga aconteceu na madrugada do dia 10 de setembro de 2018. A ação começou com pessoas atirando de dentro da mata próximo ao presídio de segurança máxima. Os criminosos atiraram nas guaritas que estavam ocupadas pelos policiais militares para confundir os policiais, dando início a uma troca de tiros. Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e uma explosão pouco depois da meia-noite.
De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que perfura a parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes penitenciários tiveram que se abrigar.
Nesse momento os criminosos conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral do PB1. Eles tiveram acesso à unidade prisional e com um alicate conseguiram arrombar os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e acusado de explosões a bancos e carros-forte. Após ele ser resgatado, os demais presos também pegam os alicates para abrir as celas.
*Com informações do G1.