por Joab Freire *

José de Holanda Capa do álbum “O Amor é um Ato Revolucionário.

“O Amor É um Ato Revolucionário (2019)”, nono álbum de inéditas do ‘cantautor’ paraibano Chico César, lançado nesta sexta-feira (13) em todas as plataformas digitais, é um trabalho que, como o nome diz, evoca o amor e provoca com questões políticas e atuais. O artista ainda divide faixas com a adolescente paraibana Agnes Nunes, em “De peito aberto”, e com a pernambucana Flaira Ferro e o guitarrista paulistano Luiz Carlini, numa interpretação de “Cruviana”, canção com alto teor de críticas a situação do país, em especial como a imprensa e personalidades do judiciário.

No álbum, Chico ainda canta “Luzia Negra”, música que relembra o trágico incêndio no Museu Nacional em 2018, onde o fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul, com cerca de 12.500 anos, a Luzia, foi queimado e quase destruído.

Com “History”, o paraibano canta os novos tempos: “Eu to ligado que você visualiza meu history”, assim com toda liberdade poética, o compositor narra um relacionamento dentro da perspectiva das redes sociais, em especial o Instagram em uma de suas ferramentas mais populares: os Stories. Em outra faixa, a “Like”, que já foi cantada pela ex-The Voice Jade Baraldo, a temática das redes sociais volta a ser o cenário.

No novo álbum, Chico repete a fórmula celebradíssima que trouxe em “Estado de Poesia”, álbum de 2014, onde também misturou canções românticas e com as questões políticas que sempre marcou sua carreira.

A preparação para o novo álbum contou com a participação dos fãs e seguidores, uma vez que o artista compartilhava suas composições em voz e violão em suas redes sociais. Somente versão caseira de “Pedrada”, com críticas a Sérgio Moro, teve mais de 1 milhão de visualizações. E Chico confirma. “Muitas canções foram imediatamente publicadas nas redes sociais em formato voz e violão assim que compostas, é o primeiro registro delas”. Seguidores mais próximos certamente reconhecerão músicas como “History”, “Pedrada”, “Like”, “Eu Quero Quebrar”.

Esta última aparece duas vezes no álbum uma, além da leitura de Chico e banda, ganhou uma versão bônus produzida por André Abujamra.

Em 2019, Chico César surpreende ao apresentar um álbum romântico, poético, brega, moderno, vanguardista e clássico. Sim, é um trabalho revolucionário e necessário para esses dias sem luz.

* Joab Freire é graduando em jornalismo, pesquisador de de cultura e atua na imprensa paraibana desde 2010. Atualmente é editor de conteúdo do Blog do Márcio Rangel.

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