Estados no Norte e Nordeste têm atualmente os maiores percentuais de benefícios rurais pagos no Regime Geral (RGPS). Os dados por estado estão compilados neste infográfico interativo e compreendem, também, valor médio per capita e valor de cada tipo de benefício, rural ou urbano. Maranhão, Piauí e Tocantins são os estados com maior proporção de benefícios rurais frente ao orçamento do RGPS: 73%, 65% e 64%, respectivamente.
Por outro lado, são também os estados que têm as menores taxas recebimento de benefícios previdenciários frente à população total – no Maranhão, apenas 13% da população recebe benefícios previdenciários, enquanto no Tocantins e no Piauí esses números são de 11% e 17%, respectivamente. No Rio Grande do Sul, maior taxa nacional, esse número é de 22% (dados de 2018).
Os valores per capita também estão entre os menores do Brasil – R$ 896 no Maranhão, R$ 962 no Tocantins e R$ 941 no Piauí. Para efeitos de comparação com estados que detêm maior benefício per capita, o benefício médio do Rio de Janeiro é de R$ 1.500 e, de São Paulo, R$ 1.564.
Essas diferenças estão associadas aos níveis históricos de industrialização e desigualdades regionais presentes no país. Em estados mais ricos e industrializados, os trabalhadores tendem a se aposentar antes (por tempo de contribuição) e com valores maiores, o que acabará com a Reforma da Previdência em tramitação no Senado. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro, as aposentadorias por tempo de contribuição representam, respectivamente, 36%, 38%, 41% e 38% dos gastos do RGPS. Já no Maranhão, Piauí e Tocantins, esses números são de 6%, 8% e 5%, enquanto as aposentadorias por idade representam 46%, 45% e 42% deste mesmo orçamento.
Veja os dados completos e mais detalhes do que mudou com a Reforma da Previdência neste infográfico interativo.