Foto: Reprodução/TV Globo

Uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público do RJ prendeu nesta quinta-feira (3) quatro pessoas em mais uma etapa das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Entre os presos da Operação Submersus está Elaine Lessa, mulher do PM reformado Ronnie Lessa, preso desde março, acusado pela execução. Ronnie também é alvo de mais um mandado de prisão.

A força-tarefa busca esclarecer o descarte da arma usada no atentado. A suspeita é que o material foi jogado no mar da Barra da Tijuca.

Alvos da Operação Submersus
Ronnie Lessa, preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte;
Elaine Lessa, mulher de Ronnie, que também é dona do apartamento onde as armas estavam;
Márcio Montavano, o Márcio Gordo, teria tirado as caxias de armas de dentro do apartamento de Ronnie e Elaine Lessa;
Bruno Figueiredo, irmão de Elaine, suspeito de ajudar Márcio na execução do plano;
Josinaldo Freitas, o Djaca, teria contratado taxista para levar as armas até o Quebra-Mar, na Barra.

Elaine Lessa, mulher de Ronnie; Bruno Figueiredo, irmão de Elaine; Márcio Montavano, o Márcio Gordo; e Josinaldo Freitas, o Djaca — Foto: Reprodução/TV Globo

O advogado de Ronnie Lessa e Elaine Lessa, Fernando Santana, afirmou que “está surpreso” com o fato de Elaine ter sido presa.

“Ela era testemunha, veio aqui uma única vez. Agora houve essa prisão”, disse o advogado.

Pescador relatou descarte
A polícia afirma que o descarte do armamento aconteceu dias depois da prisão de Ronnie, em 12 de março, e teria contado com a participação de quatro pessoas, entre elas a mulher e o cunhado do PM reformado.

Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, um pescador contou que um comparsa de Ronnie Lessa contratou seu barco e jogou seis armas no mar perto das Ilhas Tijucas.

Para a polícia, o contratante do barco é Márcio Gordo, e entre as armas estava a submetralhadora HK MP5 usada para matar Marielle e Anderson.

Segundo as investigações, Márcio Gordo teria retirado as armas de dois endereços ligados ao acusado de matar Marielle, alugado o barco e o serviço do dono, o pescador, e jogado tudo no mar.

No fim de março deste ano, pescadores da Zona Oeste confirmaram ao G1 que a Polícia Civil foi até o local de onde, segundo a denúncia, um barco saiu para fazer o descarte das armas no dia 14 de março, exatamente um ano após a morte da vereadora e seu motorista.

Testemunhas também presenciaram o embarque de caixas de papelão, bolsas e malas no dia do descarte descrito pela denúncia.

De acordo com uma informação que havia sido repassada à polícia, as armas teriam sido tiradas da casa onde Lessa montava os fuzis, no Pechincha, também na Zona Oeste do Rio, dois dias depois da Operação Lume – na qual Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz foram presos.

Também em março, a Marinha fez buscas na região onde a arma teria sido descartada.
Em julho, a Polícia Civil do RJ pediu ajuda à Marinha para realizar uma nova varredura.

Um documento obtido com exclusividade pela TV Globo apontou que um sonar da Marinha detectou nove objetos no fundo do mar em um local próximo às Ilhas Tijucas.

A Marinha utilizou sonares para encontrar os objetos. Segundo os equipamentos utilizados, eram alvos com tamanhos aproximados de 50 centímetros a dois metros, e estão numa profundidade de 15 a 30 metros.

G1

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