Marcos Corrêa/PR Jair Bolsonaro e Sergio Moro

Ministro mais popular do governo de Jair Bolsonaro , o ex-juiz Sergio Moro chamou de ‘intrigas’ as informações que dão conta de uma possível candidatura sua à Presidência da República nas próximas eleições e afirmou que Bolsonaro terá seu apoio para tentar a reeleição, caso ele dispute o pleito em 2022 . “Meu candidato em 2022 é o presidente Bolsonaro”.

Em entrevista à revista ‘Veja’, Moro disse temer pelo futuro da Lava-Jato e negou que tenha ocorrido exageros na operação e qualquer ilegalidades nas mensagens vazadas por hackers, “mesmo que elas fossem verídicas”. Ele defendeu a prisão de Lula por crimes cometidos e admitiu a possibilidade de o petista ser beneficiado por um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro falou ainda do fogo amigo enfrentado dentro do governo e sustentou que possui uma “ótima relação com Bolsonaro “. “Há dentro do governo , no Congresso e no Supremo interesses múltiplos que nem sempre são convergentes, mas não entendo muito a lógica dessas intrigas”, disse.

Confira os principais trechos da entrevista

Decisão do STF
“A eventual mudança de entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância é o que mais me preocupa. Espero, respeitosamente, que não ocorra. O Supremo terá de avaliar bem as consequências de uma eventual reversão sobre o movimento anticorrupção”.

Lava Jato
“Ninguém foi preso injustamente. Opinião de militante político não conta, pois desconsidera as provas. A sociedade tem de consolidar os avanços conquistados pela operação. As pessoas falam em excessos, mas qual foi o excesso da Lava Jato? Agora vem essa discussão de que a ordem das alegações finais seria um erro da Lava Jato . Os avanços anticorrupção não são de propriedade de juízes ou procuradores. É uma conquista da sociedade, do país”.

Lula Livre?
“Estou bem tranquilo com minha consciência quanto ao que fiz. O ex-­deputado Eduardo Cunha também diz que é inocente. Aliás, na cadeia todo mundo diz que é inocente, mas a Petrobras foi saqueada. Sempre que há um julgamento importante, dizem que a Lava Jato vai acabar, que tudo vai acabar. Há um excesso de drama em Brasília. As pessoas pensam tudo pela perspectiva do Lula, embora seja possível que o julgamento do STF sobre a ordem das alegações finais leve à anulação da sentença sobre o sítio de Atibaia. Lula está preso porque cometeu crimes”.

“Fogo amigo”
Brasília é uma cidade onde as intrigas ganham uma dimensão irreal. As mais recentes afirmavam todo dia que eu estava saindo do governo. Há dentro do governo, no Congresso e no Supremo interesses múltiplos que nem sempre são convergentes, mas não entendo muito a lógica dessas intrigas. Toda relação de trabalho tem seus altos e baixos. Minha relação com o presidente é muito boa, ótima. Nunca cheguei perto de pedir demissão. As pessoas inventam histórias. Sei que é mentira, o presidente sabe que é mentira. Não sei direito de onde essas intrigas vêm”.

Polícia Federal
“Esse caso envolvendo o deputado Hélio Negão (aliado e amigo do presidente Bolsonaro ) é curioso. Um delegado do Rio de Janeiro recebeu a informação de que um tal Hélio Negão estaria envolvido numa fraude previdenciária.. A descrição da testemunha dava conta de que o suspeito tinha características físicas completamente diferentes das do deputado. Espalhou-se que a Polícia Federal estava investigando ilegalmente o deputado com o aval da cúpula. Foi mais uma tentativa de me indispor com o presidente”.

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