O ex-zelador suspeito de organizar uma série de abusos sexuais de pelo menos quatro crianças e adolescentes em um colégio particular de João Pessoa foi condenado a 24 anos e seis meses de reclusão em regime fechado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, de acordo com informações da assessoria do TJPB confirmadas nesta sexta-feira (18).
Além do zelador Erivan Luiz de Lima, três adolescentes de 13, 14 e 17 anos acusados de participarem dos crimes, ocorridos em 2018, foram apreendidos em março e condenados em abril por estupro de vulnerável, com pena de internação, que prevê reanálise da necessidade da manutenção, no máximo, em seis meses. Um outro adolescente suspeito está foragido desde então.
Em nota oficial, o colégio reitera que sempre buscou a aplicação da Justiça ao caso, e que desde o início, orientou que os pais procurassem a Polícia e providenciaram o desligamento do funcionário da instituição. Além disso, afirmou que reforçou todos os mecanismos possíveis de segurança, ampliação do número de câmeras.
Relembre o caso
A Polícia Civil tomou conhecimento do caso em maio de 2018. Os abusos sexuais aconteciam durante o horário das aulas. De acordo com a superintendente da Polícia Civil da Paraíba, Roberta Neiva, os suspeitos de 13, 14 e 17 anos moram em Manaíra, Bairro dos Estados e Tambauzinho. Eles foram encaminhados ao Centro Educacional do Adolescente (CEA), no bairro de Mangabeira. Um quarto adolescente também suspeito de envolvimento ainda não foi localizado.
Em entrevista, o delegado responsável pelo caso, Gustavo Carlleto, relatou que a denúncia partiu de familiares da vítima, após ele contar aos pais e colegas o que ocorria no banheiro da escola. “O garoto disse aos pais e amigos que estava sofrendo abusos sexuais. Em seguida, os pais da vítima procuraram a polícia”, informou.
Os casos de estupro dentro da escola começaram a ser denunciados e divulgados em março deste ano, após os pais das vítimas descobrirem os crimes, que teriam ocorrido em 2018. O então zelador é acusado de abusar sexualmente de pelo menos quatro estudantes e, para isso, ele teria o apoio de outros adolescentes. A escola particular demitiu o funcionário durante as investigações.
