Caso as penas atuais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam mantidas em decisões de última instância, ele ainda terá que cumprir cerca de dois anos e nove meses de prisão em regime fechado.
Nesta quarta-feira (27), a oitava turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) aumentou, por unanimidade, a pena do ex-presidente no processo do sítio de Atibaia (SP) para 17 anos, um mês e 10 dias.
O ex-presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro sob acusação de ter sido beneficiado em R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio, frequentado por ele e seus familiares. As reformas teriam sido pagas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS.
Neste caso, em primeira instância, a juíza Gabriela Hardt sentenciou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão. A defesa recorreu, e o TRF-4, sediado em Porto Alegre, elevou agora a condenação. O ex-presidente sempre negou as acusações.
A hipótese de Lula ficar na prisão por mais quase três anos depende de que a pena atual do primeiro processo, do tríplex em Guarujá (SP), seja mantida pelo Supremo Tribunal Federal. Esse caso já foi julgado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que definiu a condenação do petista em oito anos, dez meses e 20 dias.