Uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (04), em Campina Grande, revelou como se deram as investigações e como agia o grupo criminoso que foi alvo da operação “Noteiras”, deflagrada também na manhã de hoje pela Polícia Civil e o Gaego.
A promotora Renata Luz, uma das investigadoras do esquema, destacou que a quadrilha agia com o intuito de fraudar as receitas no estado:
“Trata-se de uma organização criminosa, devidamente estruturada, onde cada pessoa que fazia parte do esquema tinha uma atividade para ser desempenhada dentro da quadrilha. Funcionava justamente como uma empresa, que tem gerente, diretor”, disse.
A operação atingiu quatro cidades do estado: Campina Grande, João Pessoa, Patos e Sousa e empresas situadas em toda a Paraíba.
Na coletiva, a polícia revelou que o núcleo criminoso estava instalado em Campina Grande e agia há pelos menos 5 anos na cidade. No total oito pessoa foram presas e drogas e armas foram apreendidas.
A promotora revelou que os próximos passos são reunir os indícios que permitam a formulação da denúncia.
As investigações tiveram como alvo inicial possíveis fraudes na compra e venda de produtos alimentícios e a partir daí foi descoberto as fraudes em diversas outras áreas. Na ação de hoje, os líderes do esquema foram presos.
Durante o período de atuação do grupo, o valor de movimentação é superior a R$ 200 milhões e aproximadamente R$ 36 milhões deixaram de ser arrecadados pelo estado.
As investigações seguem em curso e a promotora afirmou que há existem indícios de outros possíveis “braços” dessa organização.
A partir de agora, novas investigações são abertas diante de todo o material apreendido na manhã de hoje.
A polícia não descarta o envolvimento de outras empresas que atuam em certo grau de legalidade, mas que não recolhem seus impostos.