“Toda caminhada começa com o primeiro passo”, esse é o lema usado por Marli Castelo Branco, coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres no Município de Campina Grande ao falar sobre a importância da denúncia da mulher em casos de violência doméstica.

Nesta quarta-feira (11) aconteceu a Marcha das Mulheres de Campina Grande, no Agreste do estado. A ação, que é voltada sempre para a conscientização do papel da mulher na sociedade, e também um momento de levantar a voz contra a violência contra as mulheres, seja física, verbal, psicológica ou sexual, contou com a presença de várias apoiadoras que, ao redor do Açude Velho, cartão postal da cidade, reividicaram além de seus direitos, respeito e igualdade.

Em entrevista concedida ao blog, a coordenadora Marli Castelo Branco informou: “estamos nesta luta contra o alto grau de feminicídio na nossa sociedade. O Brasil está em quinto lugar na escala mundial de violência doméstica, a Paraíba está em 14, mas já estivemos em 7 lugar. Campina Grande tem um índice muito grande de feminicídio, para se ter uma ideia, em 2020 seis mulheres morreram em nossa cidade, onde três delas foram vítimas de feminício, uma taxa muito alta até mesmo para os nossos padrões”, afirma.

A coordenadora ainda informa que, apenas em 2020, 82 mulheres procuraram a instituição para denunciar possíveis casos de violências domésticas, onde 60 desses foram apenas no mês de janeiro: “fazemos a divulgação e o encorajamento das denúncias através de palestras de ajuda contra a mulher, deixando sempre claro que se necessitarem, podem nos encontrar no nosso Centro de Referência, que é um local que utilizamos para dar todo o apoio psicológico e jurídico às mulheres, e, caso necessário, encaminhamos as vítimas para nossa Casa Abrigo, que é um local sigiloso onde abrigamos mulheres que correm risco de vida junto com crianças de até 12 anos.” frisa.

A mensagem final deixada pela idealizadora é: “sabemos que não é fácil para as mulheres sair desse ciclo de violência. Muitas vezes por conta da dependência econômica, onde o companheiro paga as contas e se vê como proprietário da vítima. Pregamos que necessita-se coragem, e só assim esse tipo de violência tão bárbara pode ter fim, e assim possamos viver livres e sem medo.” conclui.

Por Pedro Pereira

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