Após repercussão do caso de um homem que morreu eletrocutado em uma fábrica de pré-moldados em Campina Grande – noticiado em primeira mão aqui no Blog – o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Procon Municipal vão acionar a polícia e todos os órgãos de defesa dos trabalhadores para apurar os fatos.
Em contato com a nossa equipe de reportagem, o Coordenador do Procon de Campina Grande, Rivaldo Rodrigues, deixou claro que essa fábrica não se encaixa no perfil de estabelecimentos de serviços essenciais e logo não poderia estar funcionando diante do decreto estabelecido tanto pela Prefeitura de Campina Grande quanto pelo próprio Governo do Estado.
Apesar de ser fábrica, no local onde ela está funcionando também são realizadas vendas dos seus produtos, o que caracteriza a atividade comercial e o descumprimento do decreto.
A Procuradora do Trabalho do MPT em Campina, Marcela Asfora, garantiu que vai acionar todos os órgãos de defesa dos trabalhadores para apurar os fatos.
Sobre uma possível atuação do Ministério Público para o fechamento da empresa, a Procuradora deixou claro em conversa com a equipe do Blog que essa medida deve ser determinada pelo poder público, já que se trata de um descumprimento de decreto de esfera municipal e também estadual.
Márcio Santos Pereira, de 31 anos, morreu eletrocutado enquanto trabalhava em máquina chamada de “peneira”, dentro dessa fábrica que fica no bairro do Velame, em Campina. O fato ocorreu na tarde desta segunda-feira (30). A vítima ainda foi socorrida para o Hospital de Traumas, mas não resistiu.