O período de quarentena, ao que parece, está sendo produtivo para a Polícia Federal e os agentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, na Paraíba. Em uma semana, durante o ‘home office’, as equipes desencadearam duas operações e apresentaram à Justiça uma denúncia em casos que têm como alvo a prática de desvio de recursos públicos no Estado. Além, claro, das investigações que estão em andamento e que devem, nos próximos meses, provocar desdobramentos.
A primeira ação, a Alquimia, teve como alvo a compra de livros sobre a Covid-19 na cidade de Aroeiras. Hoje os policiais ‘visitaram’ a cidade de Cruz do Espírito Santo, numa investigação que apura fraudes em empréstimos consignados. Por lá, os investigadores querem saber se recursos públicos foram desviados em empréstimos que somam R$ 5 milhões.
Ontem foi divulgada uma denúncia, do Ministério Público, em que um ex-secretário de Educação do Estado e mais seis são acusados de envolvimento num esquema para compra de fardamento escolar.
No mês passado o coordenador do Gaeco, promotor Octávio Paulo Neto, já tinha avisado que o trabalho no órgão não sofreria interrupções por conta do isolamento social. Para quem é alvo de investigações dos dois órgãos ou está, nesse momento, colocando a mão no dinheiro público, permanece o aviso: até o fim da pandemia, outras operações podem acontecer. O radar dos investigadores continua, mesmo em ‘home office’, totalmente ligado.