O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba emitiu nesta quinta-feira (7) uma nota de repúdio aos veículos de comunicação do estado que, em tempos de pandemia do coronavírus, estão realizando massivas ondas de demissões em suas grades de funcionários.

Segundo a nota, demissões estão acontecendo quando deveriam estar sendo feitas garantias aos profissionais do ramo jornalístico, onde o momento de isolamento social deveria garantir o emprego dos jornalistas, que mais uma vez são desrespeitados, apesar de estarem na linha de frente e constituírem um serviço essencial à população.

Leia a nota na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba, filiado à FENAJ, expressa seu profundo repúdio pela onda de demissões promovidas pelos veículos de comunicação do estado neste período de pandemia de coronavírus.

Desde o fechamento do Jornal Correio da Paraíba com o desligamento de 38 profissionais, passando pela rumorosa dispensa dos apresentadores Bruno Sakaue e Patrícia Rocha do Sistema Arapuan junto com alguns membros do programa No A, em meio a uma negociação por redução de salários durante a pandemia, quando deveria haver garantias em vez de cortes e, finalmente, à redução do quadro da Rede Tambaú de Comunicação que demitiu, entre outros onze profissionais, o apresentador Aldo Schueler, ocorrida nesta segunda-feira, 4 de maio, percebe-se que as empresas não têm sensibilidade à nossa categoria que perde seus postos de trabalho em um momento de extrema fragilidade econômica e também durante uma aguda crise da saúde pública.

Repudiamos veementemente os ataques perpetrados contra os profissionais jornalistas seja nas ruas onde, no cumprimento do dever de informar, são aviltados por parte do público que prefere consumir fake news, seja nas redações, onde a qualidade profissional é trocada por equipes cada vez mais enxutas que acumulam funções sem a remuneração que lhes seria devida. Vale salientar que as reduções de quadros e de produtos editoriais neste momento em que faz-se cada vez mais necessária informação com qualidade e apuração é um desrespeito flagrante ao público.

O entendimento do Sindicato é de que o momento de isolamento social deveria garantir o emprego dos jornalistas, que mais uma vez são desrespeitados, apesar de estarem na linha de frente e constituirem um serviço essencial à população.

Poderíamos dizer que estamos no limite, mas, no nosso caso, ele já foi extrapolado. Nossa relação de trabalho foi inicialmente enfraquecida pela Reforma Trabalhista e agora o plano para o enfraquecimento da imprensa livre segue a passos largos. Não será, contudo, sem nossa resistência.

Por fim, em coro com profissionais da imprensa do Brasil inteiro, ressaltamos que somos jornalistas e não nos calaremos diante das ameaças de um governo autoritário e intolerante. Seguiremos buscando condições de trabalho adequadas para a categoria e na luta pela manutenção dos postos de trabalho.

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