Foto: Ascom
Um caso preocupante ocorreu no último domingo (10) em Patos, município do Sertão paraibano. Duas famílias tiveram que lidar com a situação de ter os corpos de seus entes queridos, que morreram no Complexo Hospitalar Regional de Patos, trocados.
De acordo com informações, o relojoeiro Jeová Ferreira Nunes, de 50 anos, morreu na unidade hospitalar com suspeita de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, sendo assim, alguns protocolos foram seguidos.
Um dos protocolos estabelecidos é que em casos de suspeita de contaminação por coronavírus, o caixão precisa ser lacrado, evitando o contato e, consequentemente, a disseminação do vírus.
Mas, o problema, neste caso, é que o corpo colocado no caixão e lacrado era de uma mulher, com nome e idade não revelados, e a família de Jeová não conseguiu fazer a identificação.
A família da mulher, no entanto, pôde ter acesso ao corpo, já que ela não tinha suspeita de Covid-19, e, ao chegar na unidade hospitalar, percebeu que o corpo era, na verdade, de um homem, e só aí foi percebido o grave erro.
Em relato à Rádio CBN, Jéssica Ferreira, filha de Jeová, contou que somente após 24h eles descobriram que haviam enterrado o corpo errado e pontuou que o erro do Complexo Hospitalar não tem justificativa, ainda mais pelas diferenças físicas, já que o corpo trocado era de uma mulher.
O Complexo Hospitalar Regional de Patos divulgou uma nota se solidarizando com as famílias e informando que uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido.
Confira a nota na íntegra:
O Complexo Hospitalar Regional Dep. Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC) esclarece que já abriu sindicância para apurar o caso de troca de corpos ocorrido em seu necrotério. Reitera ainda que segue protocolos rígidos de identificação de corpos após atestado de óbito ocorrido na unidade.
Não fugiu aos procedimentos a identificação de dois pacientes que vieram a óbito no último dia 10/05: o de uma senhora, ocorrido na área vermelha, e de um senhor, no isolamento Covid. Em ambos os casos, a equipe de Enfermagem seguiu a rotina e fez as identificações duplas, ou seja, tanto no próprio corpo, através de fitas adesivas, quanto no invólucro, como determina o protocolo.
Reiteramos que a sindicância apurará os fatos até para que não pairem dúvidas sobre esse lastimável acontecimento. Também nos solidarizamos às famílias dos mortos, com a consciência que fizemos o que teve ao nosso alcance para que eles tivessem a melhor assistência em suas necessidades. Às famílias, nossa solidariedade e sentimento de pesar e à disposição para juntos descobrirmos quem gerou esse lamentável acontecimento.
Com Paraíba Online