
O empresário e presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande, Artur Almeida, disse à Rádio Campina FM que não concorda com o plano de reabertura do comércio, da forma que foi determinada pelo governo do Estado.
Na entrevista, ele contou que cidades maiores e com maior número de casos da Covid-19 têm retomado, gradualmente, as atividades comerciais. O setor econômico da Paraíba não tem tido apoio por parte do governo e que as restrições de isolamento vão fazer sumir muitas empresas. Ainda disse que as decisões foram tomadas sem nem sequer dialogar com o setor.
Artur criticou o fato de Campina Grande ainda não ter um hospital de campanha construído pelo Estado e o governador ter confirmado que não foi comprado nenhum respirador para a Paraíba.
– Estamos em junho e nem sequer um hospital de campanha foi entregue a Campina Grande. O governador disse que não comprou um só respirador. Ele nos dá um sacrifício, impõe limite, mas não dá contrapartida. O setor produtivo, que leva o Estado nas costas, não é lhe dado nenhuma alternativa. Quando é agora impõe um plano de retomada que, pelo que percebo, chega agosto e a Paraíba não retorna às suas atividades comerciais. Então isso é o fim das atividades econômicas – disse.
Artur opinou que João Azevêdo tem sido prepotente e arrogante e que a população e a classe econômica não podem assistir a tudo de camarote.
– Ele sabe que o setor produtivo não suporta mais. Estamos há 90 dias em isolamento, a Paraíba tentou aumentar o imposto, o ICMS de fronteira. Isso mostra claramente a falta de visão e desrespeito, e se o governador tivesse feito a parte dele, poderia cobrar – ressaltou.
O classista ainda criticou a proposta do mini lockdown que antecipou feriados em Campina Grande, no intuito de que a população se mantenha em casa.
Artur disse que essa ação não é efetiva e que, pelo contrário, pode aumentar a infecção, pois em casa as pessoas não usam máscaras ou mantêm outros hábitos que evitam a contaminação, como a aglomeração.