O professor Carlos Alberto Decotelli atualizou seu currículo na plataforma do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologia (CNPq) e incluiu a informação de que foi ministro da Educação entre os dias 25 e 30 de junho do ano de 2020.

Ele chegou a ser escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de ministro, e a nomeação saiu no “Diário Oficial da União”. Mas, em razão de inconsistências que foram encontradas em seu currículo, Decotelli nem tomou posse, e o ato de nomeação foi cancelado.

Ele dizia no currículo, por exemplo, que havia obtido título de doutorado em uma universidade na Argentina e de pós-doutorado em uma universidade da Alemanha. As duas instituições negaram as informações.

Além disso, Decotelli tem ao menos outras três polêmicas sobre sua formação acadêmica:

descrição de vínculo como professor da FGV no currículo, quando na verdade ele é colaborador

  • denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
  • apoio de empresa que, segundo uma professora da Alemanha, não foi obtido

O artigo 7° da lei 8112, que dispõe sobre as regras do serviço público, diz que a investidura de um servidor em um cargo só ocorre após a posse.

Bolsonaro ainda não definiu quem será o ministro da Educação. A pasta está sem comando desde a saída de Abraham Weintraub, no fim de junho.

Do G1

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