Derlópidas Neves, diretor do Hospital da FAP, afirma que cerca de R$4 milhões oriundos de emendas parlamentares não chegaram à Instituição (foto: Paraíba Online)

Os pacientes com câncer que fazem tratamento no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) estão tendo que enfrentar, além da gravidade proporcionada pela enfermidade, uma fila para cirurgias financiadas pelo SUS naquela Unidade. O motivo? emendas parlamentares destinadas à instituição estão congeladas e os pagamentos de custeio atrasados. Por conta disso, os anestesistas do hospital pararam de trabalhar.

Segundo informa o diretor da FAP, Derlópidas Gomes Neves Neto, as cirurgias estão suspensas há cerca de sete dias por conta da paralisação dos anestesistas, profissionais estes que, por serem terceirizados, dependem dos recursos oriundos das emendas para serem pagos, assim como todas as questões de custeio da instituição, como compra de gases, oxigênio, seringas entre outros.

Ainda segundo Derlópidas, neste intervalo de sete dias cerca de 30 pacientes tiveram suas cirurgias suspensas, e outros demais que estavam na fila para a realização do procedimento tiveram as mesmas adiadas, ato que, dada a letalidade da doença, pode acabar por custar vidas.

A direção do Hospital da FAP informou ainda que as emendas destinadas à instituição estão retidas desde 2019 pela Secretaria de Saúde, entretanto, o problema não é identificado apenas em Campina Grande, como também no Hospital Napoleão Laureano, referência no tratamento de câncer em João Pessoa e região. No saldo, a FAP deixou de receber durante este período cerca de R$ 4 milhões.

“Buscamos ao máximo não alardear a imprensa para não criar agitação nem atritos. Venho mantendo contato com o secretário (de Saúde) constantemente para tentar a liberação da verba, entretanto, apesar da solicitude do mesmo, há pouca celeridade no processo. A situação agora está bem complicada”, diz o diretor.

Em contato com o Blog, o secretário de Saúde de Campina, Filipe Reul, confirmou o problema, mas garantiu que a responsabilidade pelo não pagamento não é do município.

Indagado sobre os motivos pelo qual houve tanta demora na liberação do dinheiro, Reul afirma que por uma divergência na documentação enviada pelo hospital e pela tardia apresentação de um plano de trabalho junto à Secretaria, houve todo este transtorno que, felizmente, parece estar perto do fim.

Ainda segundo ele, o processo de liberação das emendas está em fase de conclusão e publicação no Diário Oficial do Município, o que deve acontecer até, no máximo, na próxima segunda-feira (13).

A Secretaria de Saúde também informa que os repasses ordinários de responsabilidade da gestão municipal estão todos devidamente em dia.

Por Pedro Pereira

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