
Está acontecendo nesta segunda-feira (17) o julgamento do réu Rodrigo de Oliveira Sousa, de 21 anos, envolvido na morte da comerciante Aline Albuquerque da Silva no bairro do Bodocongó, em Campina Grande, no ano de 2017.
Segundo a família de Aline, o acusado está sendo julgado desde o início da manhã de hoje. Ainda sobre o julgamento, João Paulo da Silva, irmão da comerciante afirma que o Ministério Público não autorizou a entrada de familiares na sessão, que acontece apenas com a presença do Júri.
RELEMBRE O CASO:
Aline Albuquerque da Silva foi assassinada no dia 21 de dezembro de 2017 por dois homens em moto enquanto chegava em sua residência com seu esposo, Luciano Mota do Nascimento, à época com 44 anos e apontado pela Polícia Civil como mandante do assassinato, visto que há poucos dias a vítima teria descoberto a participação do mesmo em atos de furtos e roubos em Campina.
De acordo com a delegada Ellen Maria, delegada de Homicídios na época das investigações, a operação foi batizada de “A Grande Farsa” devido à encenação feita no dia do homicídio para que a polícia acreditasse se tratar de um latrocínio. A delegada na ocasião falou que costumeiramente, ao chegar em casa, o marido descia do carro para abrir o portão, mas naquele dia, ele pediu que a vítima fizesse isto.
Além disso, ele saiu com Aline e a filha para fazer compras de Natal. “Aconteceu até de uma forma fria, porque eles estavam voltando das compras de presentes de Natal. Ela inclusive estava com um presente que iria entregar para a filha na mão quando morreu”, relatou na coletiva que aconteceu na Central de Polícia de Campina Grande.
Câmeras de segurança gravaram o momento do assassinato, o que levou a PC aos autores. Rodrigo de Oliveira Sousa, na época com 18 anos, confessou que foi o atirador, mas disse que cometeu o ato por causa de dívidas que a vítima tinha com ele, em virtude da loja de roupas que ela mantinha no bairro da Liberdade.
Uma semana após o homicídio, Rodrigo se apresentou a polícia, na presença de um advogado, e confessou ter atirado na mulher. Ele foi liberado logo após prestar depoimento, por não haver flagrante. Com o decorrer das investigações, ele veio a ser preso semanas depois.
Max André Barbosa Ferreira, conhecido como Teté, de 22 anos na época do crime, também foi detido, mas negou participação no crime. De acordo com a polícia, ele seria o motoqueiro que deu fuga ao atirador após o crime.
Mesmo os acusados negando o envolvimento do marido no delito, a polícia concluiu através de provas técnicas de que ele foi o mandante.
Aline e Luciano mantinham um relacionamento há quase três anos. Ela deixou dois filhos, que ficaram na tutela da irmã da vítima.