
A máfia do golpe virtual segue a todo vapor na Paraíba. A vítima da vez foi o pedreiro Ozimar de Oliveira, de 37 anos, residente no município de Ingá, no Agreste paraibano. Segundo relata a esposa da vítima ao Blog do Márcio Rangel, na última quarta-feira (26), Ozimar teria visto um anúncio de uma moto Honda Bros ano 2015 no site de compra OLX pelo valor de R$ 7500. Na descrição do anúncio, a tática usada para atrair a atenção – e confiança – da vítima foi o nome de uma conceituada revendedora de motos de Campina Grande.
Ao abrir negociações com o anunciante, um número de Whatsapp foi repassado a Ozimar que, de pronto, entrou em contato com um suposto vendedor de nome Diego Gomes de Lima que cordialmente apresentou todos os benefícios do veículo. Observando o interesse da vítima, afirmou que dada a alta procura pelo produto estava cobrando um “sinal” de R$ 500 para fazer a retirada do anúncio e, consequentemente, reservar a compra para o interessado, o que foi feito.

Já de posse da quantia solicitada, o meliante enviou a Ozimar um comprovante contendo o nome da loja – mas nenhum telefone fixo – no valor de R$ 990 relativos a taxa de transferência da moto para o pedreiro e, novamente, solicitou o depósito do montante na conta de Anderson Silva Nascimento, mesmo destinatário que havia recebido o valor anterior o que, novamente, foi feito.
Já sob suspeita, a esposa da vítima decidiu contatar a revendedora e indagar se no local havia realmente um funcionário com o nome dado pelo farsante, o que foi confirmado pela atendente. Com a procedência minimamente assegurada, Diego solicitou o depósito de mais R$ 1500 para Ozimar, o que, mais uma vez, foi atendido.

Na esperança de enfim ter em mãos seu veículo próprio, a vítima entrou em contato com o suposto vendedor para agendar a retirada da moto e a entrega do restante do dinheiro, entretanto, deu de cara com a decepção: o número cedido pelo golpista não recebia chamadas. Aflito, Ozimar e família entraram em contato com um policial civil da cidade e, ao explicar toda a questão, foi constatado o inconveniente fato: o pedreiro era a quinta vítima do farsante apenas em Ingá.
Com o prejuízo de cerca de R$ 3000, o caso foi levado à Central de Polícia de Campina Grande e todo o caso está nas mãos das autoridades competentes que já abriram investigação para apurar o fato. Em caso de prisão do golpista, o mesmo será enquadrado no famoso artigo 171 do Código Penal Brasileiro e responderá pelo crime de estelionato, que tem pena prevista de um a cinco anos de prisão.
A Polícia Civil solicita que de posse de qualquer informação que ajude na elucidação do caso, a população entre em contato através do Disque Denúncia pelo número 197, garantindo sempre o sigilo de denunciante.
Por Pedro Pereira