
O Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (AdufPB) anunciou, nesta sexta-feira (13), que vai paralisar as atividades no dia 18 de novembro. A decisão aconteceu após uma assembleia geral, realizada pela internet.
De acordo com Fernando Cunha, presidente AdUfpb, a assembleia reuniu mais de 250 professores e discutiu a situação da UFPB, em relação à nomeação do novo reitor feita pelo presidente Jair Bolsonaro, no último dia 5.
“Decidimos por ter uma paralisação das atividades no dia 18 de novembro, com um ato presencial na própria universidade. Além disso, nós aprovamos uma agenda de mobilizações em defesa da universidade, contra a nomeação de um reitor não eleito, indicando também outras atividades mais na frente”, comentou.
Além disso, uma nova assembleia geral deve acontecer no dia 19 de novembro para discutir novas ações, de acordo com a AdUfpb.
O ato presencial do dia 18 de novembro vai acontecer na própria instituição, com atividades de mobilização.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, um processo contra a nomeação de Valdiney Veloso já foi iniciado com o apoio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
NOMEAÇÃO DO NOVO REITOR
A nomeação do novo reitor da UFPB foi publicada no Diário Oficial da União no dia 5 de novembro. O professor Valdiney Veloso foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro mesmo tendo sido o último colocado na consulta online entre os professores, técnico-administrativos e alunos , com soma ponderada e normalizada de 106,496.

Antes da consulta, durante a formação da lista tríplice pelo Conselho Universitário (Consuni), Valdiney não teve nenhum voto. Terezinha Domiciano, que venceu a consulta eleitoral com 964,518 pontos, também liderou a lista tríplice com 47 votos.
Após a nomeação, a comunidade universitária realizou um ato de protesto na tarde do dia 5. À noite, alunos se acorrentaram na reitoria da instituição e já estão ocupando o local a mais de uma semana.
Na terça-feira (10), a Justiça decidiu pela reintegração de posse do local. De acordo com Fernando Cunha, presidente da Adufpb, o objeto da reintegração de posse não existe, porque os alunos não estão impedindo a passagem do local. Os alunos também confirmam que não há impedimento e advogados foram acionados para prestar assistência jurídica.
Com G1/PB