A infraestrutura de saneamento básico, mais especificamente os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, na Paraíba terão que ser ampliados 7,16 vezes para que o estado atinja a universalização dos serviços à população, de acordo com o novo estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (25). Em números, será preciso investir anualmente R$ 944 milhões e R$ 14,16 bilhões até 2033. O ano é o prazo limite estabelecido no novo Marco Legal do Saneamento Básico, sancionado em julho.
A meta prevista é de que o Brasil precisa chegar a 2033 com 99% de sua população atendida com água tratada e com 90% coleta e tratamento de esgoto. A realidade, no entanto, é que, no período entre 2014 a 2018 houve redução de 6,4% na população da Paraíba com acesso à água potável. Em contrapartida houve melhoria de 2,9% de pessoas com coleta de esgoto.
Entre 2014 e 2018 foram investidos R$ 630,7 milhões no setor, com média anual de R$ 126 milhões. Este é o décimo pior resultado do país, segundo estudo.
De acordo com o Trata Brasil, vários fatores ajudam a explicar como uma das maiores potências econômicas do mundo chegou a números tão ruins: descaso das autoridades, crescimento desordenado e sem planejamento das cidades, falta de cobrança da população, fragilidade de muitas das empresas operadoras, além dos baixos investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Este novo estudo do Instituto Trata Brasil, chamado “Desafios dos Estados Quanto aos Investimentos em Saneamento Básico a Partir do Novo Marco Legal” foi feito em parceria com a GO Associados e usou dados de investimento e atendimento de água e esgoto do SNIS, meta de investimento do Plansab e do diagnóstico realizado pela ABCON-KPMG em 2019.
A reportagem entrou em contato com a Cagepa, através da assessoria de imprensa, para falar sobre o estudo do Trata Brasil e ainda aguarda um retorno.
Com Jornal da Paraíba