O prefeito afastado do Rio, Marcelo Crivella deixou o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (23) para cumprir prisão domiciliar em seu condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste.
Preso em um desdobramento da Operação Hades, que apura o funcionamento de um suposto “QG da Propina” na Prefeitura do Rio, Crivella foi para a prisão domiciliar graças a uma decisão do presidente do STJ, Humberto Martins, que aconteceu na noite de terça-feira (22).
O desembargador de plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Joaquim Domingos de Almeida Neto, não assinou o alvará de soltura de Crivella nesta quarta e, em vez disso, encaminhou o documento à desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, relatora do processo que levou o prefeito à cadeia.
Antes de emitir o alvará de soltura, a desembargadora determinou uma varredura na casa do prefeito para que fossem retirados aparelhos como telefones e tablets. Posteriormente, ministro Humberto Martins, determinou nesta quarta-feira (23) a expedição imediata do alvará de soltura do prefeito do Rio.
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio, a investigação aponta um esquema no qual empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela gestão municipal do Rio.
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita afirmou que Crivella comandou a organização criminosa que atuava na prefeitura. Ela determinou o afastamento do prefeito, que encerraria o mandato daqui a oito dias. Quem assumiu interinamente é o vereador Jorge Felippe (DEM), presidente da Câmara Municipal. Eduardo Paes toma posse em 1º de janeiro.
Além de Crivella foram presos na mesma operação nesta terça outras cinco pessoas, entre elas o empresário Rafael Alves — suposto chefe do ‘QG da propina’.
Com G1/RJ