
A Secretaria de Saúde de Campina Grande realizou o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) da cidade em 2021. Os agentes de combate às endemias localizaram focos do mosquito em 3,5% das 7.861 casas vistoriadas. Esse índice aponta um risco médio de proliferação das doenças causadas pelo Aedes e é 50% menor com relação ao levantamento anterior.
Ainda de acordo com o levantamento, 94,7% dos mosquitos estavam em reservatórios que ficam no chão, como cisternas, baldes e tonéis. “Isso demonstra que a maioria dos focos localizados pode ser facilmente eliminada pelos próprios moradores das casas”, alertou a coordenadora de Vigilância Ambiental, Rossandra Oliveira.
O Conjunto Habitacional Aluízio Campos e o bairro do Catolé apresentaram os menores índices (0,2%). Os bairros das Cidades, Velame e o Conjunto Acácio Figueiredo, por outro lado, apresentaram a maior concentração de focos do mosquito (7,7%). No Acácio Figueiredo, por exemplo, os agentes encontraram foco do mosquito Aedes albopictus, que transmite a chikungunya.
“A grande preocupação é porque se trata de um mosquito silvestre e nós o localizamos na cidade. Então temos que eliminar, porque ele transmite a chikungunya mais rapidamente do que o Aedes aegypti”, alertou Rossandra.
Durante o ano de 2020, com a impossibilidade de os agentes entrarem nas casas das pessoas por causa da pandemia, a Secretaria de Saúde adotou uma estratégia inovadora com a colocação de ovitrampas em vários pontos da cidade, que são armadilhas que identificam os ovos do mosquito. O último levantamento feito pelo ovitrampas indicou uma infestação de 7,2% no município.
Houve uma queda de mais de 50% na infestação com relação ao último levantamento. Apesar disso, a Secretaria explica que a luta contra o mosquito não pode cessar.
Os agentes de combate às endemias receberam a vacina da Covid-19 esta semana para poderem intensificar o trabalho de combate ao Aedes aegypti e todos os arbovírus. “Vamos iniciar uma campanha, até porque o mosquito se reproduz com mais facilidade no verão”, concluiu a coordenadora de Vigilância Ambiental.
Com G1/PB