A suspensão nos últimos dias da ‘Operação Carro Pipa’, Pelo Exercito Brasileiro tem causado revolta e dor nos vários municípios paraibanos atendidos pela ‘Operação’, com milhares de pessoas deixando de receber o benefício do governo federal.
Na região do Agreste Paraibano, mais de 80 municipios foram prejudicados e ficaram sem ter como abastecer a população, centenas de pipeiros trabalhavam levando água para os municípios da região do estado. A previsão é que o desabastecimento atinja mais de um milhão de pessoas, sendo que parte do Sertão e do Cariri foram agraciados com chuva nos meses de fevereiro e março.
“Infelizmente mais uma vez a operação pipa do exército está suspensa em todo estado da Paraíba, eles estão alegando que teve chuvas nos municípios paraibanos, não analisando que na Paraíba o período chuvoso muda de região para região, enquanto parte do Cariri e do Sertão receberam chuvas, a grande parte do Curimataú, Agreste e cidades da Zona da Mata não tiveram chuvas”, disse um secretário de Agricultura de uma prefeitura paraibana que pediu para não se identificar.
Nosso município e em várias cidades da região só teve uma chuvinha muito fraca infelizmente varias famílias dependem dessa água para beber, cozinhar e sem essa água como vão ficar essas famílias que muitas das vezes não podem nem comprar um pão, quanto mais comprarem água, principalmente nessa pandemia que os empregos estão cada vez mais raros”, completou o secretário.
Os prefeitos esperam sensibilizar o Governo Federal para que entendam de uma vez por todas, que quando chove em uma região, não significa que choveu em todo o Estado. “Esperamos que os políticos de nosso estado cobrem do governo federal, pois as prefeituras já estão com os problemas da Pandemia para resolver e ainda sem ter como abastecer a população fica pior”, disse o prefeito de Puxinanã, Felipe Coutinho, que afirmou ter acionado a Famup e a bancada federal.
A suspensão do serviço é vista com preocupação pelos coordenadores da Operação nos municipios, visto que os recursos municipais são escassos e não cobrem mais essa demanda. “Neste momento o que vivenciamos é uma pandemia, que entre os seus protocolos está o de higiene pessoal, como se faz isso sem água, estamos no fim do período de estiagem, mas as chuvas ainda não chegaram e não temos o que fazer. Alguns municípios não tem agua nas torneiras e o abastecimento é feito exclusivamente por carros pipas”, declarou o prefeito de Montadas, Jonas de Souza.
A situação também preocupa os pipeiros que fazem o trabalho da distribuição da água “É ruim pra gente que fica com os caminhões parados. A gente já não sabia como iria continuar com os aumentos do óleo diesel e agora paramos obrigado”, lamentou Genilson, um dos pipeiros afetados.
Com Paraíba 1
