O tio de Geffeson Moura, Seu Geraldo, disse que o empresário de 32 anos foi assassinado com pelo menos cinco tiros por policiais civis de Sergipe, na operação realizada na Paraíba, entre a noite de terça-feira (16) e madrugada dessa quarta-feira (17). A maioria dos disparos de arma de fogo atingiram a cabeça do rapaz, revelou o tio da vítima em entrevista ao programa Arapuan Verdade desta quinta-feira (18), conforme apurou o ClickPB.
O tio recebeu a informação de que eram “em torno de cinco a sete policiais” na operação mal sucedida da Polícia Civil de Sergipe, que resultou na morte de Geffeson Moura. Ele acredita que o sobrinho foi baleado ainda sentado no banco do motorista. O familiar completa que não havia marcas de bala dentro do automóvel, mas muito sangue sobre o celular.
“A gente acredita que quando ele foi jogado na calçada ele já estava sem vida porque foram muitos tiros”, completou o Seu Geraldo sobre o socorro a Geffeson Moura, prestado pelos policiais sergipanos, que abandonaram o rapaz no chão de uma maternidade em Santa Luzia.
Em nota enviada ao ClickPB, ontem, a Polícia Civil de Sergipe disse que “foi deflagrada uma operação no final da noite desta terça-feira, 16, na cidade de Santa Luzia, sertão da Paraíba, pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) a fim de tentar prender um grupo envolvido com tráfico interestadual de drogas. estava “há alguns dias em diversas partes do Nordeste do país monitorando a quadrilha com o intuito de cumprir mandados de prisão, expedidos pela Justiça de Sergipe.”
Ainda na nota, a Polícia Civil sergipana relata que “os policiais se depararam com um homem em um veículo e na abordagem, o motorista identificado como Gefferson de Moura Gomes estava armado, esboçou uma reação e foi atingido, sendo encaminhado imediatamente para uma unidade hospitalar.”
Também declarou que “o veículo e a arma de fogo foram apreendidos e apresentados pelos policiais na Delegacia Plantonista da cidade de Patos-PB. Os policiais prestaram depoimento ao delegado plantonista e apresentaram a arma e o carro apreendidos. Também foi colocado à disposição da Perícia Criminal e da Polícia Civil da Paraíba as armas de fogo utilizadas pelos policiais civis sergipanos durante a ação.”
“A Polícia Civil de Sergipe disponibiliza desde as primeiras horas do desfecho da ocorrência todas as informações necessárias às autoridades paraibanas. Os relatos prestados pelos policiais civis sergipanos constam em inquérito policial que já foi instaurado para apurar a ocorrência. A perícia também foi acionada para realizar os exames nas armas de fogo e veículo”, concluiu.