
Uma nota conjunta entre a Federação das Câmara dos Dirigentes Lojistas do Estado da Paraíba e integrado pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande e mais 23 municípios paraibanos foi divulgada no final da manhã desta sexta-feira (2). No documento consta um verdadeiro desabafo por parte do setor comercial de todo o Estado.
Segundo a nota, as entidades não mais aceitará o discurso de “pensamos apenas em nosso bolso”, adjetivando-o como “demagogo e genérico”. O texto explicita ainda que economia e saúde não andam em caminhos diferentes e que, nos últimos meses, muitos negócios que seguiam as determinações das autoridades de saúde foram penalizados pelas ações de uma pequena parcela da classe comercial paraibana.
Veja a nota na íntegra:
O movimento lojista paraibano, liderado pela FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS DO ESTADO DA PARAÍBA e integrado pelas CÂMARAS DE DIRIGENTES LOJISTAS, já não mais suporta medidas restritivas que desembocam no fechamento da atividade empresarial de seus associados. ESTAMOS NO LIMITE!!!!
Não aceitamos o discurso de que pensamos apenas em nosso bolso, esse discurso é demagogo e genérico.
LUTAMOS PELA VIDA!!!! Ela é e continuará sendo o nosso maior bem. Contudo vivemos em uma cadeia produtiva, onde o comércio fechado repercute diretamente em desemprego e na diminuição do consumo e no enfraquecimento da economia.
Não há DICOTOMIA entre ECONOMIA e SAÚDE!!!! Elas caminham juntas e têm de caminhar juntas, de modo que o que defendemos é o direito de funcionar mediante o cumprimento dos protocolos de biossegurança, respeitando as vidas e defendendo o sagrado direito da nossa subsistência e de nossos colaboradores, pois não se sabe quando esta pandemia irá acabar, não sendo razoável cogitar que a qualquer momento poderemos fechar novamente. Precisamos de ajuda, de apoio e de uma política
econômica que deem condições das empresas sobreviverem como um organismo vivo que de fato é.
É um contrassenso fechar o comércio paraibano, inclusive com proibição de vendas por delivery, quando empresas de outros estados estão vendendo aqui na Paraíba através do E-commerce, com perda direta na arrecadação e afetando os postos de trabalho aqui estabelecidos. Outro absurdo é proibir um comerciante pequeno e médio (que representa 90% dos empresários paraibanos) de abrir, mas possibilitar que as
grandes redes de supermercados (multivarejo) e de drugstores comercializem os mesmos produtos que aqueles estão proibidos de vender. Ora, a PROBIÇÃO NÃO PODE SER SELETIVA!!!!
Ou todos estão proibidos de vender ou todos estão autorizados a vender.
As aglomerações não ocorrem no interior dos estabelecimentos comerciais, os quais são controlados por rígido protocolo de segurança sanitária e que, até antes das últimas eleições municipais, foram suficientes para manter o contágio do COVID-19 controlado. Aliás, a lógica que deveria ser adotada não era de fechar o comércio, mas sim o de AMPLIAR O HORÁRIO de atendimento, como determinado pelo MINISTRO BARROSO ao estender o horário de votação nas últimas eleições.
O Estado tem de olhar para a classe empresarial nesse momento, criando possibilidades de manutenção dos empregados que estão presentes nesta cadeia produtiva e que são necessárias à manutenção de diversas famílias.
O que esperamos é poder trabalhar, é poder produzir e gerar empregos na Paraíba sem abdicar da nossa saúde, da saúde dos consumidores e de nossos colaboradores.
SIM À VIDA!!!!
SIM AO TRABALHO COM PROTOCOLOS!!!
NÃO AO LOCKDOWN!!!!
João Pessoa, 02 de abril de 2021.