As aulas das escolas da rede pública de ensino estadual devem ser retomadas de forma híbrida no segundo semestre, de acordo com o secretário de estado da saúde, Geraldo Medeiros. Conforme o gestor, em entrevista à TV nesta terça-feira (22), os estudos para retomadas já estão sendo executados em conjunto com a secretaria de estado da educação.
Segundo ele, inicialmente será adotado o modelo híbrido, ou seja, com parte dos alunos em aula presencial e outra parte em aula remota. “A Secretária de Saúde está atuando em conjunto com a Secretaria de Educação para que haja o retorno das aulas no formato híbrido”, afirmou.
A flexibilização, ainda segundo o secretário, o retorno das aulas vai depender também de outros fatores como o avanço da vacinação contra a Covid-19 e o número de casos de contaminação pela doença, principalmente após os festejos juninos.
Geraldo Medeiros destacou que no último fim de semana, quando nem era São João nem São Pedro, já foram promovidos várias situações de aglomerações em lives que se tornaram festas, por exemplo. Também apontou que os protocolos de segurança sanitária foram quebrados em Campina Grande, na comemoração do Campinense no campeão do Paraibano, além de comemorações juninas sendo realizadas em cidades como Bananeiras, Areia.
“Apesar da nossa tradição de comemorar o São João, este ano não é o momento para se comemorar, agregar familiares e amigos, 30 a 40 pessoas dentro de casa, como está acontecendo com frequência. Essas atitudes em qualquer local promovem a propagação do vírus e botam em risco famílias inteiras”, destacou Medeiros.
O anúncio da retomada vem num momento de cobrança do Ministério Público por igualdade de tratamento entre estudantes da rede privada, já autorizados a retomadas as aulas de forma híbrida, e daqueles da rede pública.
As aulas na rede estadual de ensino estão suspensas a mais de um ano, quando teve início a pandemia. Os danos aos estudantes são incalculáveis, apesar do estado ter sido premiado com o primeiro lugar no Brasil no Índice de Educação à Distância, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas.
Com G1/PB