A Polícia Civil comunicou através de uma entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (01), na Central de Polícia de Campina Grande, que o caso da criança que deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma já sem vida nessa quinta-feira foi concluído.
De acordo com os agentes, a polícia concluiu que Joana D’arc Miguel Ramos, de 20 anos, e Felipe Ferreira Xavier, de 27, são acusados de terem espancado até a morte Gabriel Ramos de França, de apenas 2 anos de idade.
Em entrevista ao repórter Márcio Rangel, o pai biológico da criança falou da relação que tinha com a mãe do garoto e também relatou como era a convivência de mãe e filho. De acordo com Jurandir Vital de Franca, de 55 anos de idade, Joana havia conhecido Felipe Ferreira há cerca de 30 dias através de uma rede social.
— Ela conheceu esse cara através do face e ficaram se gostando. Ela pegava e deixava o menino lá em casa e ia se encontrar com esse cara — disse o pai biológico falando sobre o início da relação dos acusados.
Ainda de acordo com o pai, Joana já havia chegado a relatar algumas agressões que o filho sofria por parte de Felipe, como, por exemplo, na hora do jantar, quando a criança derrubava a comida e o ex-presidiário partia para cima do garoto, e a mãe tentava defender.
—Ela chegou a dizer à irmã dela que ia esperar uma oportunidade dele sair para ir embora de casa porque ela não estava suportando mais — afirmou.
Ainda conforme relato do pai, a relação da acusada com o filho em questão de agressões não era nada de anormal, segundo ele, a mãe dava algumas tapas e ele até chegou a repreende-la, pedindo que parasse de bater no garoto.
— Eu quem mudava a fralda do meu filho, dava banho, ajeitava ele — pontuou.
Juraci também relatou que Joana teria passado alguns dias na casa de Felipe, e logo depois, foi até a casa onde morava com o pai da criança e levou todos os seus pertences junto com o filho e a filha de 4 anos, e que só deixou Gabriel ir com a mãe porque ela ainda o amamentava.
A menina, que tem apenas 4 anos de idade, também apresentava sinais de agressão e, ainda de acordo com o relato de Juraci, ele só não conseguiu ver esses sinais porque foi afastado do convívio das crianças após ela sair de casa. Isso tudo ocorreu dentro de um mês, que foi o tempo da separação de Joana com Juraci e também do período em que a criança era espancada pela mãe e por Felipe. O pai biológico ainda ressaltou que repreendia a mulher sobre a questão do uso de drogas e também sobre as agressões no garoto, mas os pedidos não foram atendidos.
