Foto: Reprodução

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A instrutora e diretora de uma autoescola de Campina Grande, Josenilda Lira, revelou que a pandemia fez com que a busca das pessoas pela formação e retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) diminuísse consideravelmente.

Ela fez um balanço dos trabalhos e demandas do setor, no município, durante esse período de crise resultante da incidência de casos da Covid-19, em entrevista concedida à Rádio Caturité FM, nesta sexta-feira, 9.

– Em 2020 nós tivemos que paralisar por completo durante quatro meses, que foi o período de março a junho. Quando retornamos, após realizar as adequações às normas sanitárias, foi basicamente para dar continuidade aos processos que já estavam em curso, porque procura mesmo nós não tivemos – comentou.

Em relação à busca que era costumeiramente registrada pela autoescola que Josenilda dirige, as perdas estão girando em menos da metade do habitual, mas ela explicou que, ainda assim, em 2020 e 2021 até aqui o setor vem atravessando um período de baixa procura.

– Neste ano nós ainda estamos acumulando perdas. Não tanto como em 2020, mas estamos. Eu posso afirmar que é uma diminuição de 40% na demanda – completou.

Em relação ao processo de formação de novos condutores, a especialista informou que atualmente os trâmites são mais organizados e ordenados por etapas.

– Antigamente o aluno podia inverter etapas da formação. Por exemplo, poderia dar início às aulas de legislação de trânsito antes de ser aprovado no teste psicotécnico. Hoje isso não é mais possível. Hoje o processo se inicia com a abertura do documento chamado Renach (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), nós marcamos o psicotécnico, aí vem exame de vista, aulas de legislação, que atualmente acontecem de forma on-line, faz a prova, vêm as aulas práticas (20 horas aula) e só após isso o teste prático, conhecido como baliza de carro/moto – detalhou.

Josenilda explicou que, desde que não haja nenhuma intercorrência durante o processo, o tempo máximo de formação de um condutor é de cerca de seis meses.

– O candidato não sendo reprovado em nenhuma dessas etapas, pois quando ocorre isso é necessário a marcação de um reteste, o tempo entre dar entrada no processo e concluí-lo, é de cerca de seis meses. Vale lembrar que, anteriormente, o prazo máximo para conclusão do processo era de um ano. Caso esse período expirasse, o aluno precisava reiniciar, ou seja, abrir um novo processo. Mas, com a pandemia, esse limite está indefinido, a regra não está sendo aplicada – descreveu.

Josenilda encerrou contando que o Detran-PB tem buscado alternativas para facilitar ainda mais o trabalho das autoescolas nesse processo de formação de novos condutores.

– Junto ao Detran o processo vem passando por desburocratização. Como exemplo, eu posso citar a abertura do Renach. Antes, ele só poderia ser feito na sede do órgão, no caso de Campina Grande na 1ª Ciretran e com a presença do aluno. Hoje ele pode ser feito remotamente e a autoescola pode abri-lo sem a presença do candidato. Além de que o Detran tem facilitado a realização de exames de vista e psicotécnico através da ampliação de clínicas conveniadas, evitando mais uma vez a ida à sede do órgão. O gargalo hoje é justamente, por força da pandemia, a diminuição do número de alunos para prova de legislação e prática de direção por dia, no Detran, que foi reduzido em 50% – finalizou.

Com Paraíba Online

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