Foto: Reprodução

O Campinense teve um reforço de peso para os treinamentos desta semana na Toca da Raposa, já de olho no mata-mata contra o Sergipe, na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. O técnico Ranielle Ribeiro, recuperado de um cateterismo realizado na semana passada, quando apresentou um quadro de precordialgia, retornou aos trabalhos com o restante da equipe e estará à beira do gramado contra o Gipão, no domingo, no Estádio Batistão, em Aracaju. Em entrevista concedida no Estádio Renatão, o chefe da comissão técnica rubro-negra falou, entre outros assuntos, sobre a diferente tônica dos treinamentos para a fase eliminatória, sobre a correção de falhas apresentadas na fase classificatória e também sobre o susto pelo qual passou há poucos dias.

Para conquistar o tão sonhado acesso, a Raposa precisará passar, além do Sergipe, adversário desta segunda fase, por mais dois oponentes. Ou seja, seis partidas separam o Campinense do aguardado retorno à Série C do Brasileirão. Para ficar entre os quatro melhores times da edição 2021 da 4ª divisão nacional, Ranielle Ribeiro sabe que a caminhada será longa e é necessário que seus atletas mudem a chave e esqueçam a boa campanha feita na fase de grupos, o que, de acordo com o comandante, já está sendo percebido por quem tem acompanhado os treinamentos realizados pela equipe no decorrer da semana.

— Sabemos que agora é outra competição, é outro campeonato, é outra mentalidade. O foco é diferente. Tudo que estamos fazendo, principalmente nesta primeira semana, está sendo muito diferente no sentido de estarmos mais ligados, mais acesos, mais comprometidos em alguns detalhes que nós achávamos que era importante corrigir e estamos corrigindo. Até a tônica do próprio treino está diferente. A entrega dos meus atletas está gigantesca. Por quê? Porque hoje nós temos um grupo de 30 atletas de linha e sexta-feira eu só posso levar 20 para Aracaju, então a briga está muito intensa entre eles, a concorrência interna está muito boa e a concorrência interna faz com que o nível do treino cresça e, consequentemente, isso faz com que essa queda de rendimento, que estávamos tendo principalmente no segundo tempo, passe a não existir mais — afirmou.

A pressão das fases eliminatórias é algo com que a Raposa está habituada em 2021. Para se sagrar campeão paraibano e quebrar um jejum de cinco anos sem título, o Campinense precisou passar três fortes equipes (Atlético de Cajazeiras, Botafogo-PB e Sousa, respectivamente) em partidas apenas de ida para erguer a taça. Ainda segundo Ranielle Ribeiro, a caminhada do Rubro-Negro no estadual deu “casca” para seus comandados, que aprenderam a lidar com a pressão, o que pode ser um bom diferencial na luta pela vaga nas oitavas de final.

— O mata-mata do Paraibano foi bem mais difícil, ao meu ver, por ser apenas um jogo e a partida ter que ser definida apenas em 90 minutos. Já temos a prova de que em situação de cobrança como a que teremos a partir do próximo domingo, nós conseguimos fazer as coisas funcionarem. Estamos cientes da dificuldade que teremos, principalmente no primeiro jogo, mas temos uma mescla de juventude e experiência que ajuda tanto a mim quanto ao grupo inteiro a pisar na bola, a respirar, e creio que isso seja muito importante em um momento como o que vamos começar a passar no campeonato — pontuou.

O Campinense segue com os trabalhos no Renatão. A Raposa embarca para a capital sergipana nesta sexta-feira, para, no sábado, já no gramado do Estádio Batistão, finalizar a sua preparação para o confronto contra o Sergipe.

Confira outros pontos da coletiva de Ranielle Ribeiro:

SUSTO SUPERADO
O susto foi muito grande, mas passou. Fiz um último exame, que os médicos precisam para ter o veredito final de diagnóstico, principalmente em relação a se eu posso voltar já a fazer atividade física agora ou, senão, só daqui a seis meses. Temos que aguardar esse exame para ter o diagnóstico. Eu por mim já sairia daqui para chutar a bola, mas eu vou dar uma segurada porque foi um pedido da equipe médica. Só não sei se eu vou conseguir segurar muito tempo. Vou até evitar colocar a chuteira, porque se eu colocar não vou conseguir ficar parado.

QUEDA DE RENDIMENTO DA EQUIPE
Vocês já devem ter percebido que eu não sou muito de procurar desculpinhas, de ficar transferindo responsabilidade. Ficaria muito rotineiro eu ficar dizendo que o nosso início, principalmente da Série D, foi muito positivo. Aquela vitória por 3 a 0 contra o América-RN criou uma expectativa muito grande em todo mundo e criou um certo cuidado por parte dos nossos adversários também, então eu não posso tirar o crédito do estudo dos adversários e o que eles fizeram para tentar nos anular. Isso eles conseguiram, em parte. Nós queríamos manter um rendimento sempre favorável como vínhamos mantendo durante toda a Série D? Queríamos. Foi trabalhado para que isso acontecesse? Foi trabalhado. Mas disputamos um campeonato muito duro, um campeonato muito difícil, e isso justifica a queda de rendimento que houve.

Com Globo Esporte PB

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