A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou nota na sexta-feira (5) dizendo que o avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição da empresa, em Caratinga, no Vale do Rio Doce.
A Aeronáutica apura diversas hipóteses para o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais.
O avião, um bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984, decolou de Goiânia e caiu em uma cachoeira a dois quilômetros da pista onde faria o pouso, segundo informou a Polícia Militar mineira. A aeronave tinha capacidade para 4,7 mil quilos e podia levar até seis passageiros.
Informações preliminares relatadas por pilotos que sobrevoaram a região próxima ao momento do acidente e também de testemunhas são de que o avião “rasgou” fios de alta tensão ligados a uma torre próximo ao local.
Os órgãos aéreos da região já haviam recebido relatos de outros pilotos antes do acidente, nos meses de setembro e agosto, de que os fios elétricos atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga.
Uma testemunha relatou às autoridades que, após colidir contra os fios, o avião teria perdido um motor. A aeronave tinha dois motores, mas, segundo essa testemunha, que também é piloto, a aeronave teria perdido sustentação com a colisão.
Para confirmar essa ou outros fatores que podem ter contribuído para o acidente, a FAB irá fazer uma perícia nos destroços do avião, ouvir testemunhas das pistas de pouso de onde o avião decolou e do destino, recuperar documentos, dados de inspeções técnicas, de manutenção do avião, além de ver a qualidade do combustível usado na operação.
“O objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, disse a Aeronáutica.
Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião de Marília Mendonça estava com a documentação em dia e tinha autorização para fazer táxi aéreo.
De ClickPB