Após repercussão de um vídeo que viralizou nas redes sociais no final de semana, o paciente com câncer, Salomão do Nascimento Régis, de 32 anos, retomou a quimioterapia no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa.
Salomão denunciou uma informação de que seu acompanhamento seria interrompido por falta de repasse de recursos municipais. Após uma reunião entre a Prefeitura, a Controladoria Geral da União e o Hospital, o caso foi solucionado.
A Prefeitura negou a informação, e em conversa com o vice-prefeito Leo Bezerra e a direção da Fundação Napoleão Laureano ele lamentou o uso político da sua imagem e da sua doença.
“Como cidadão me senti na obrigação de levar o caso à tona pelo desespero, mas me surpreendeu muito a rapidez com que tudo foi resolvido. Agradeço muito a todos que nos ajudaram e agora vou para minha última quimioterapia para fazer o transplante e ficar curado. Agradeço muito a todos que colaboraram”, declarou o paciente que sofre com uma leucemia mieloide aguda.
O prefeito Cícero Lucena destacou que a Prefeitura, assim que soube do ocorrido, procurou imediatamente entender o que tinha acontecido. “Houve um erro de comunicação, não por parte da Prefeitura, e mesmo aqueles que quiseram se aproveitar politicamente do sofrimento dos outros, estão vendo que a gestão agiu com responsabilidade. Nossa disposição é de cuidar das pessoas mesmo que haja alguns políticos que não queiram que isso aconteça. Está tudo esclarecido e vai ser continuado o tratamento de Salomão e de todos aqueles que tiverem a regulação do seu tratamento”, declarou.
O presidente da Fundação Napoleão Laureano, Marcelo Pinheiro, destacou o encontro prévio com o prefeito Cícero Lucena. “As questões administrativas foram sanadas, inclusive com a pactuação de mais serviços, tornando a parceria mais abrangente e beneficiando ainda mais usuários. A situação foi selecionada e o Hospital agradece à Prefeitura pelo empenho na resolução”, afirmou.
O superintendente da CGU na Paraíba, Severino Queiroz, afirmou que o encontro serviu para resolver questões referentes à contextualização que vão beneficiar toda a população paraibana. “É um passo muito importante para que o paciente seja atendido e tenha seu tratamento de forma continuada para que seja curado”, declarou.
Em nota conjunta publicada recentemente, a Prefeitura e o Hospital Laureano explicaram que jamais existiu por parte da prefeitura da capital, bem como da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), qualquer medida que pudesse impedir ou mesmo adiar o tratamento indicado para o paciente (quimioterapia). “Tampouco há entre os entes supracitados débitos relacionados a procedimentos que pudessem justificar a interrupção de serviços. O que aconteceu lamentavelmente foi uma falha de comunicação que levou o usuário a crer que seu tratamento poderia ser suspenso”, diz o texto. A nota ainda indica a necessidade de inclusão do paciente no Sistema de Regulação, o que já foi feito.
De ClickPB