
Enquanto a imunização avança em todo o país, quase metade dos integrantes do Exército e da Aeronáutica ainda não está devidamente vacinada contra o novo coronavírus. O número de militares que se negaram a receber o imunizante é 32,2 mil (15%) e 4,3 mil (6,6%) nas respectivas Forças (12,96% nas duas juntas).
Cerca de 121,2 mil integrantes do Exército e 36,5 mil da Força Aérea Brasileira (FAB) foram completamente imunizados contra a Covid. Na prática, isso representa 56,3% e 54,9%, respectivamente, do total de militares das duas Forças.
A Marinha se recusou a divulgar a informação ao alegar não possuir os dados sobre vacinação.
Em comparação, mais de 142 milhões de brasileiros, o equivalente a 78,3% da população com mais de 12 anos, foram devidamente imunizados contra a Covid-19.
As Forças Armadas exigem que seus servidores se vacinem contra febre amarela, tétano e hepatite B, mas não contra a Covid-19.
No total, 182,9 mil militares da ativa do Exército e 62,1 mil da Aeronáutica tomaram ao menos uma dose da vacina.
Os dados revelam ainda uma baixa taxa de militares que tomaram a dose de reforço, o que, segundo especialistas, pode estar associada a um alto contingente de jovens na corporação.
Enquanto 24,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 13,5% da população do país, já receberam uma dose extra da vacina, pouco mais de 2 mil militares do Exército (0,9%) completaram a imunização; na FAB, foram 544 (0,8%).
A baixa taxa de vacinação entre os militares contrasta com a alta quantidade de infectados pelo novo coronavírus nas fileiras das Forças Armadas, levando em consideração que um a cada cinco militares pegou a doença. A taxa de contaminação é quase o dobro se comparada à da população em geral.
Ribeiro ressalta também que os militares das Forças Armadas são, em sua maioria, jovens. Isso ajuda a explicar a alta contaminação e, também, paradoxalmente, o baixo número de mortes entre os membros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
De Metrópoles