Kamila Marques, irmã de Kelton Marques, motoboy morto no dia 11 de setembro de 2021 em João Pessoa/PB, foi denunciada por suposta ameaça de morte, que ela teria cometido contra a família de Ruan Ferreira, motorista responsável pela colisão que vitimou seu irmão. Kamila nega a acusação. Ruan segue foragido.
Kamila recebeu a intimação na sexta-feira (14). Nesta terça (18), ela assinou um termo onde se compromete a comparecer a uma audiência, ainda sem data prevista, na cidade de Catolé do Rocha/PB, para averiguação do caso. Na ocasião, Kamila se utilizou do direito de ficar calada diante do delegado do caso e só responder questionamentos sob juízo.
Na denúncia feita por Roberto Martins de Oliveira Sobrinho, pai de Ruan, ele alega que no último dia 11 de janeiro Kamila Marques teria enviado a ele uma mensagem direta em uma rede social, onde encaminhou uma publicação feita por uma página de motoboys de João Pessoa.
Segundo as capturas de tela feitas por Roberto e anexadas ao boletim, a publicação da página trazia uma foto de Kelton e dizia o seguinte: “04 meses que o motoboy Kelton Marques foi assassinado pelo playboisinho (sic) Ruan Oliveira, mais uma vez o dinheiro vem apagando pistas do paradeiro deste assassino, (Ruan Oliveira).”
Ao encaminhar a mensagem, Kamila teria, ainda, feito um comentário.“O dinheiro de vocês pode comprar tudo, menos a justiça de Deus. E quem está acobertando e o Ruan assassino vai pagar pela dor que causou na nossa família.”
Kamila Marques alegou que, desde que seu irmão morreu, em setembro de 2021, faz postagens frequentes nas redes sociais pedindo justiça, e que nunca ameaçou ninguém de morte, reivindicando alternativas legais para que o responsável seja punido. Ela afirma que faz cobranças constantes por acreditar que a família de Ruan conhece sua localização.
O entregador Kelton Marques morreu após ser atingido por um carro em alta velocidade, no Retão de Manaíra, em 11 de setembro de 2021. Kelton Marques tinha 33 anos, duas filhas e morava em Santa Rita. Ele trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas, e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa.
Quatro meses após o acidente o motorista do carro, responsável pela colisão, ainda está foragido. Ele teve a prisão decretada no dia seguinte ao ocorrido. De acordo com o delegado do caso, Luiz Eduardo, latas de cerveja e substâncias entorpecentes estavam espalhadas pelo carro do motorista.
Imagens do carro do motorista foram divulgadas à imprensa, onde foi possível perceber que além de estar a 163 km/h, o sinal vermelho foi ultrapassado.
Com G1 Paraíba