
O diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande/PB, Sebastião Viana, afirmou que a demanda reprimida que ocorre se deve ao fato de que a unidade recebe pacientes de 203 municípios do Estado.
Ele frisou que o Trauma é referência em pacientes com trauma, infecção exógena, hemorragias digestivas e outros quadros que demandam atendimento urgente.
De acordo com o diretor, o período pandêmico da Covid-19 elevou o número de casos de quedas, especialmente na população idosa e infantil. Também disse que, após quase dois anos desde o início da pandemia, o número de quedas continua alto.
“São os extremos de idade, principalmente criança e idosos, mais especificamente idosos. E os idosos, a mortalidade se justifica pelo simples fato de que muitos não procuram a unidade hospitalar porque têm medo de serem acometidos pela Covid-19. Muitos, quando têm um tratamento cirúrgico, o paciente não tem aquela reserva funcional suficiente para aguentar uma cirurgia de grande porte”, disse.
Sebastião destacou, em entrevista a uma emissora de rádio, que lida com pacientes vítimas de acidente de moto todos os dias e a maioria é de pessoas embriagadas. Ele disse que, dependendo da velocidade da moto, as fraturas são muito graves, com traumas cranioencefálicos extremos.
O diretor cobrou medidas efetivas para evitar esse tipo de acidente, pois os números são assustadores e formam uma epidemia dentro de uma pandemia.
“Precisamos de políticas públicas com mais incisão no sentido de restringir esses motociclistas, porque a grande maioria das vezes, quando chega batida de moto, a gente vai saber da história e foi por imprudência do motociclista”, disse.
Fonte: Paraíba Online
Foto: Reprodução