
Um voo com 211 brasileiros deportados dos Estados Unidos, vindo do Arizona, chegou às 13h27 desta quarta-feira (26) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins/MG, na Região Metropolitana. Dentre eles, 90 menores de idade, incluindo crianças de até 10 anos.
Alguns tripulantes relataram o sofrimento e dizem ter sido vítimas de maus-tratos.
“Lá é muito frio, deram papel alumínio para gente cobrir do frio. (…) Eles jogaram nossos objetos fora. Não conseguimos falar com os familiares. Eu, minha esposa e minha filha de 5 anos ficamos em salas separadas. Experiência muito difícil”.
A declaração é de uma mulher que foi deportada dos Estados Unidos com a esposa e a filha de 5 anos. Ela contou que sofreu maus-tratos dos agentes da imigração por mais de 10 dias enquanto aguardava ser deportada.
“Queríamos vida melhor, nosso país está pobre, não dá para viver”, disse ela, ao justificar a entrada no país de forma ilegal.
“Alimentação é ruim, crianças passaram mal e não foram medicadas, minha filha só teve dor de cabeça, mas outras crianças tiveram problemas intestinais. Eles não ofereceram nada. O local onde ficamos era muito frio”, contou outra mulher.
Este foi o maior número de deportados em um único voo com destino a Confins desde 2019, segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal.
A PF disse que agora apura “como essas crianças saíram do território brasileiro”, e que vai verificar “as condições às quais os menores foram submetidos durante esse processo”.
Com G1