
O atestado de óbito e resultados de exames realizados no corpo da cantora sergipana Paulinha Abelha, da banda Calcinha Preta, mostram que quatro doenças poderiam ter provocado a morte da vocalista: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
Um documento intitulado “painel toxicológico” também identificou 16 substâncias no corpo da artista, entre elas anfetaminas barbitúricos, que podem ser o caminho para mais respostas sobre o caso.
Um desses medicamentos é um tarja preta geralmente usado para tratar Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos adversos a redução de apetite, náuseas, perda de peso e vômitos.
Já os barbitúricos, também encontrados no corpo da cantora, são geralmente aplicados como sedativos, inclusive em ambiente hospitalar, para evitar convulsões. O momento em que eles foram ministrados e sua influência no corpo de Paulinha são investigados.
Uma receita médica também foi exibida, com 20 substâncias entre remédios, fórmulas fitoterápicas e suplementos nutricionais. Entre os produtos, há três para melhoria de concentração e memória, três para aumentar a qualidade do sono, e uma dúzia de substâncias para emagrecimento.
Outro exame, por fim, avaliou a situação do fígado de Paulinha pouco antes de sua morte. O resultado indica necrose no órgão, acompanhada de colestase (funcionamento reduzido do fígado). Segundo o documento, o resultado pode ter relação com o uso de remédios frequente e em grande quantidade.
Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro, aos 43 anos, após 12 dias internada em hospitais de Aracaju (SE). A cantora chegou a um estado de coma profundo e, segundo a equipe médica responsável, teve um agravamento rápido de lesões neurológicas que levaram à morte cerebral.
De Uol