Clevinho Santos, viúvo da cantora Paulinha Abelha, que morreu no dia 23 de fevereiro, em decorrência de um quadro de “comprometimento multissistêmico”, contratará uma assessoria médica para analisar todos os prontuários e laudos médicos da artista enquanto ela esteve internada em duas unidades — Hospital Unimed Sergipe e Hospital Primavera — e chegar a um laudo definitivo sobre o que a matou. A informação foi divulgada nesta terça (15) a Quem por Wanderson dos Santos Nascimento, advogado de Clevinho e da banda Calcinha Preta. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

“Já pegamos os prontuários de um hospital, vamos pegar o prontuário do outro hoje e então pediremos para uma assessoria médica analisar todos os documentos para se chegar a um laudo definitivo. Aí os médicos dirão, no entendimento deles, a causa definitiva da morte. Só então vamos nos manifestar. Sem o laudo definitivo, não tem como afirmar nada, tudo fica na base da especulação. Infelizmente, não temos como impedir o que as pessoas falam. Tudo o que fazemos está sendo baseado em documentos técnicos. Tanto que, assim que saíram os exames toxicológicos, disponilizamos para a imprensa com toda a transparência. Quando tivermos o laudo definitivo, também vamos disponibilizar para imprensa”, afirmou Wanderson.

Wanderson repudiou as notícias que saíram nos últimos dias de que a morte de Paulinha poderia resultar em condenações por homicídio e estelionato. “Acho muito arriscado o meio de imprensa divulgar informações sem fundamento, porque isso pode gerar processo, acho temerário. Sem laudo oficial, não se pode especular nada. Não vislumbro crime, não posso acusar A e B sem ter um laudo, são questões técnicas. Acredito que, assim que se recolher tudo, a assessoria médica fará a análise e acho que, semana que vem, pode ser que tenham uma posição. No momento, estamos esperando recolher a documentação médica necessária para definirmos quando começará a análise, porque são documentações sigilosas”, explicou.

PAINEL TOXICOLÓGICO

No início de março, Quem teve acesso – por meio da família da cantora – ao exame Painel Toxicológico. Doze substâncias psicoativas foram testadas, mas apenas duas deram positivo: anfetaminas e barbitúricos. A primeira substância é encontrada em uma medicação para tratar déficit de atenção e hiperatividade, receitada por uma nutróloga que a acompanhava, a qual a Quem também teve acesso. Entre os efeitos estão a redução do apetite e a perda de peso, assim como náusea e vômitos, os primeiros sintomas que ela apresentou antes de ir ao hospital.

Na mesma receita passada pela nutróloga há um antidepressivo, redutor de apetite, suplemento alimentar, regulador do sono, estimulante, calmantes naturais, cápsulas para memória e concentração, e uma fórmula que promete dar saciedade. Já os barbitúricos, também encontrados no corpo da cantora, são geralmente aplicados como sedativos para evitar convulsões.

A estrela do forró foi diagnosticada com insuficiência renal e hepática agudas. Além disso, foi detectado um quadro de meningoencefalite e agravamento do processo inflamatório generalizado, afetando múltiplos órgãos, principalmente neurológica.

Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro, após 12 dias de internação em hospitais de Aracaju e um período de estado de coma profundo. O agravamento rápido de lesões neurológicas levaram à morte cerebral.

Fonte: ClickPB

Foto: Reprodução

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