O anúncio de que a escola de samba Gaviões da Fiel levará ao Sambódromo do Anhembi uma sátira gay do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), provocou repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões. Neste ano, a escola leva à avenida questões como desigualdade social e preconceitos.
Algumas pessoas defenderam que a causa gay deve ser destacada, mas que a sátira pode ser mal interpretada.
Ao g1, o cabeleireiro Neandro Ferreira, que vai representar o presidente no Anhembi, afirmou que irá desfilar com faixa presidencial e acompanhado de uma intérprete da primeira-dama. “Será um Bolsonaro com muita pinta e samba no pé”, disse Neandro.
No Twitter, internautas ficaram divididos. Um deles disse que o fato pode mais atrapalhar a causa do que ajudar.
O intérprete de Bolsonaro gay na avenida defendeu a ironia. “Chega de Bolsonaro, de machismo e de desigualdade social”, disse ele.
O enredo
O enredo aborda as desigualdades. “Alguns insensíveis esbanjam suas fortunas, enquanto milhares trabalham até a exaustão ou morrem de fome. Toda essa riqueza é fruto do sangue e do suor de incansáveis trabalhadores, que, dia a dia, se entregam a impiedosas jornadas de exploração e desrespeito”, afirma a escola.
A escravidão é um dos assuntos citados no enredo, que discute o papel dos senhores de engenho que enriqueceram através do trabalho de homens e mulheres escravizados.
Com g1