Com um surto em alta, o Brasil registrou nos quatro primeiros meses deste ano o mesmo nível de casos de dengue verificados oficialmente em todo o ano de 2021. No estado paraibano, a situação é preocupante. Foi registrado um aumento de 102,51% de casos prováveis de dengue, chikungunya e zika em um mês, segundo Boletim Epidemiológico (BE) das Arboviroses nº 5, equivalente à Semana Epidemiológica 16, até 30 de abril, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta segunda-feira (2).
O relatório apresenta 6.773 casos prováveis de dengue, 4.464 de chikungunya e 193 de zika, totalizando 11.430. A Paraíba registrou 9 óbitos suspeitos de arboviroses. Destes óbitos, 5 estão em investigação, distribuídos em quatro municípios: Patos (1), Mulungu (1), Jericó (2) e Serra Branca (1). Uma morte foi confirmada por Chikungunya em Queimadas.
Os focos do mosquito foram encontrados nas residências, sendo 43% em tonéis, tambor e caixa d’água no solo; 20% em vasos e garrafas; 13% em caixas d’água elevadas; 11% em calhas e lajes; 7% em pneus; 6% no lixo e materiais descartáveis; apenas 1% em espécies naturais, como troncos de árvores, ocos de pedras e bromélias.
Segundo dados do boletim, até 16 de abril, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 920,4 casos a cada 100 mil habitantes. Por lá, o destaque negativo fica para o estado de Goiás, que lidera a incidência da doença em todo o país, com 1.366 casos a cada 100 mil habitantes.
Ainda segundo as informações do Ministério da Saúde, até o momento, foram confirmados 160 óbitos por dengue em todo o país. Os estados que apresentaram o maior número de óbitos foram: São Paulo (56), Santa Catarina (19), Goiás (19) e Bahia (16).