A Polícia Civil de São Paulo concluiu nesta segunda-feira (02) o inquérito e responsabilizou criminalmente as duas donas e uma funcionária da Escola Infantil Colmeia Mágica por tortura contra nove crianças que aparecem amarradas e chorando em vídeos e fotos dentro do banheiro da creche. Outros alunos também aparecem como vítimas, mas o número total deles não foi divulgado.
Além de tortura, elas foram indiciadas por maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento.
O relatório final da investigação, com o indiciamento das irmãs Roberta e Fernanda Semer e da auxiliar de limpeza Solange Hernandez, foi encaminhado para análise do Ministério Público (MP). O órgão decidirá se denuncia ou não as mulheres pelos crimes. Se a Justiça aceitar as acusações da Promotoria, as três se tornarão rés no processo.
As donas da escola estão presas preventivamente pelos crimes. Roberta foi detida na quinta (28) após se entregar em uma delegacia. Ela estava foragida havia mais de um mês. Fernanda havia sido presa antes, na segunda (25), na casa de parentes. Solange responde em liberdade.
As irmãs Serme foram transferidas na semana passada para uma penitenciária feminina no interior do estado, por questões de segurança. Solange não teve a prisão pedida pela investigação e responde em liberdade.
Conforme a polícia, além de atrapalharem a investigação, as irmãs Serme se mudaram de suas casas sem informarem os novos endereços à Justiça. Já Solange compareceu na delegacia que investiga o caso e colaborou com a apuração.