Após encontrar os representantes do Rio Grande do Sul, Ceará e Piauí, chegou a vez dos 20 bispos e um administrador diocesano do Regional Nordeste 2 da CNBB. Na audiência de 2 horas, Francisco destacou a importância da proximidade com Deus, com o clero e o povo, como contou ao Vatican News, dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Garanhuns, de Pernambuco, e presidente do Regional Nordeste 2:
“A primeira coisa que o Papa faz é quebrar todos os protocolos e formalidades. Ele nos deixa profundamente à vontade. Não houve discursos. Foi uma sentada para dialogar como irmãos: o Bispo de Roma e os bispos de igrejas particulares no Nordeste do Brasil. Partilhamos a vida, as nossas preocupações. O Papa tem um senso muito claro sobre a realidade que o nosso país vive, tem uma opinião muito clara contra todo tipo de clericalismo – essa cultura do clericalismo que destrói e é perniciosa.
Ao mesmo tempo, o Papa nos falou de proximidade de ‘cercania’, proximidade com Deus, proximidade do bispo com o seu clero, proximidade com os outros irmãos bispos e proximidade com o povo. Conversamos sobre catequese e iniciação à vida cristã; o cuidado com os pobres, as consequências da pandemia, a presença dos bispos como irmãos mais velhos que acompanham, que oram, que participam da vida do seu povo e com o povo de Deus. Saímos daqui imensamente felizes, orando pelo Papa e também com a certeza de que o Papa ora por nós.”
A visita ad Limina começou na segunda-feira, dia 16. Desde então, o grupo visitou organismos da Cúria Romana para troca de experiências e recebeu orientações da Igreja de acordo com a área dos departamentos. Mas, segundo o presidente do Regional, vieram até Roma, “em primeiro lugar, como peregrinos para rezar no túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo”. Dom Paulo destacou também as celebrações realizadas nas quatro grandes basílicas de Roma e a hospedagem no Colégio Pio Brasileiro.