Uma mulher identificada como Laudenice dos Santos Siqueira foi condenada a 34 anos de reclusão pela morte do filho Everton Siqueira, uma criança de cinco anos de idade que foi assassinada durante ritual de magia negra em 2015 na cidade de Sumé/PB. O corpo do garoto foi encontrado dentro de uma vala.
Em julgamento que teve início na manhã desta terça (24) e se estendeu até às 20h40, Laudenice foi condenada por assassinar o próprio filho com requintes de crueldade durante um ritual de magia negra realizado em outubro de 2015 no Cariri do estado.
Havia um corte do tórax até a virilha no corpo da criança. Além disso, o pênis dele foi decepado e encontrado espetado em uma ‘vara’. Até o momento, cinco pessoas foram presas pelo crime: Laudenice, a mãe de Everton; Daniel Ferreira dos Santos, o padrasto; o pai de santo Wellington Soares e Denivaldo Santos Silva, de 37, conhecido como “paulistinha”. João Batista de Sousa (que tinha problemas mentais e estava no local onde o corpo foi desovado) também foi preso.
O delegado Iury Givago concedeu entrevista no dia 05 de maio e relatou ter percebido o comportamento estranho da mãe e do padrasto: “eles não tinham tanto interesse de encontrar, de procurar a criança que estava desaparecida havia alguns dias. Foi no dia das crianças que esse cadáver apareceu dentro de uma vala, próximo à casa da família”, disse.
“Quando assumimos a investigação, ouvimos as pessoas que tinham conhecimento dos fatos e começamos a identificar os suspeitos. Eles ao tempo todo se contradiziam. Foi quando a mãe informou que havia sido o padrasto que teria cometido o crime que investigação tomou outro rumo em questão de horas”, relatou Iury.
Segundo o delegado, João Batista foi colocado na cena do crime pelo padrasto. Daniel o matou posteriormente em presídio de João Pessoa.
Ainda conforme Givago, um amigo da família que participou da execução do crime e um ‘suposto religioso’ teriam relatado que a finalidade era justamente “oferecer o sangue da criança a alguma divindade”. De acordo com o pai de santo, a criança não era o único alvo da ação criminosa. A irmã mais velha de Everton, de oito anos, também seria assassinada com a mesma finalidade. Além disso, a mãe teria participado ativamente da morte do filho.
Texto: Tiago Vasconcelos (@_tiagovasconceloss)