João Vitor tinha 18 anos e havia sido contratado pelo Santa Fé de Pernambuco há pouco menos de um mês — Foto: Reprodução/Instagram

Uma equipe de peritos está analisando a sandália e uma máscara provavelmente deixadas pela pessoa que matou o estudante João Vitor Fontes da Silva, de 18 anos, na noite da quarta-feira (1º). O crime aconteceu na escola Escola Cidadã Integral Cineasta Linduarte Noronha, em Gramame, João Pessoa, onde a vítima estudava.

“Foi coletado material pra tentar fazer levantamento do perfil do material biológico do agressor, para que futuramente seja feita a busca do material genético dele”, explicou o perito Marcos Lacet, do Instituto de Polícia Científica.

Ainda de acordo com Marcos, o perito responsável pelas análises encaminhou os objetos para exames, mas ainda vai escrever o laudo com conclusões que identificar.

Já segundo a delegada Luísa Correia, a Polícia Civil recebeu as imagens das câmeras de segurança da unidade de ensino e vai começar a extração dos vídeos.

Crime aconteceu dentro da ECI Cineasta Linduarte Noronha, no bairro de Gramame, em João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Por enquanto, os policias não descartam nenhuma linha de investigação e verificam redes sociais, cotidiano, comportamentos e relacionamentos que possam contextualizar o crime.

Caso alguém tenha alguma informação sobre o crime, pode denunciar de forma anônima pelo telefone 197.

O pai de João Victor informou que o filho não queria ir para a escola no dia do crime.

“Quando a mãe dele saiu para trabalhar, na noite de ontem, ele disse para ela que não queria ir para o colégio e a mãe dele disse: ‘vá para o colégio, meu filho’”, disse José Carlos Fontes da Silva, pai de João Vitor.

Conforme a Polícia Militar, o suspeito estava mascarado quando pulou o muro da escola e entrou em uma sala de aula procurando pela vítima, que conseguiu correr e tentou se esconder em outra sala, antes de ser executado.

Última postagem feita por João Vitor nas redes sociais foi uma passagem bíblica pedindo proteção — Foto: Reprodução/Instagram

José Carlos contou que o filho não tinha envolvimento com crimes e que era querido pelas pessoas do bairro. “Era um menino bom, todo mundo aqui gostava do meu filho. No fim de semana eu levei ele para acompanhar o jogo do Auto Esporte, todo mundo tirou foto com ele, era muito querido”, disse.

O tenente Marcone, da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, falou que o crime se trata de execução. “Pelo modo que chegaram, pular o muro de um colégio e executar o aluno na sala de aula, é porque alguma coisa tem. Até porque o próprio acusado já sabia o nome do jovem e entrou procurando por ele”, disse o policial.

Nas redes sociais, a última postagem feita por Vitor foi um stories no Instagram, com um texto bíblico onde ele pedia proteção. “senhor, jamais deixe cair, derrame sobre mim a sua luz e esperança e me livre de todo o mal”, diz o texto compartilhado pela vítima.

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