Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

No segundo ano da pandemia do novo coronavírus, a renda média mensal real do brasileiro teve queda recorde de 5,1% em 2021, atingindo seu menor valor desde 2012. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Rendimento de Todas as Fontes 2021, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a pandemia, o rendimento mensal médio real de todas as fontes caiu de R$ 2.386, em 2020, para R$ 2.265, em 2021. Esse é o menor valor registrado pela série histórica da Pnad Contínua, iniciada há nove anos. O rendimento já havia sofrido uma queda 3,4% em 2020.

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que já havia diminuído em 4,3% em 2020, voltou a cair 6,9% em 2021, quando foi estimado em R$ 1.353, o menor valor da série histórica. A massa mensal de rendimento foi de aproximadamente R$ 216,7 bilhões, 3,1% menor que a estimada para 2020.

Já o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) registrou redução de 6,1% em 2021, estimado em R$ 2.476. Em 2020, havia atingido o maior valor da série (R$ 2.638).

A retração do rendimento médio é atribuída ao possível resultado da expansão da informalidade na ocupação.

Com isso, a desigualdade também aumentou. O rendimento mensal de 1% da população mais rica, que recebe em média R$ 15.940, corresponde a 38,4 vezes mais que a renda da metade da população mais pobre, que ganha R$ 415.

Entre as categorias que compõem o rendimento proveniente de outras fontes, o item aposentadoria e pensão manteve a maior média em 2021 (R$ 1.959), mesmo com retração recorde de 5,3% no período.

Em todas as regiões, a aposentadoria e pensão também representavam a categoria de maior valor, variando de R$ 1.564 no Norte a R$ 2.212 no Centro-Oeste. Regionalmente, a perda de valor foi generalizada entre 2020 e 2021, com destaque para a redução de 9,7% no Centro-Oeste.

Os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram valor médio de R$ 1.814, aumento de 3,7% quando comparado ao estimado em 2020 (R$ 1.749). Em termos regionais, apenas na Região Nordeste houve redução do valor médio do rendimento de aluguel e arrendamento no período (queda de 12,7%).

Pensão alimentícia, doação e mesada de não morador totalizavam, em média, R$ 667, valor 4,2% abaixo do estimado no ano anterior (R$ 696).

As Regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores perdas nesse rendimento entre 2020 e 2021: 29,5% e 19,0%, respectivamente.

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