A Paraíba registrou 9 novos casos de gestantes infectadas pelo zika vírus no mês de junho. Também foi registrada uma nova morte por dengue. A zika é a principal causadora de microcefalia em bebês. Ao total, são 10 casos confirmados de grávidas com zika no estado. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgados nesta segunda-feira (13) através de boletim epidemiológico.
Segundo o médico infectologista Fernando Chagas, quanto mais no início da gestação ocorrer a contaminação, maiores são as chances da criança nascer com microcefalia. Para as gestantes que contraíram a doença, infelizmente ainda não há tratamento que reduza as chances do bebê nascer com a malformação. Também não há tratamento às crianças que nascem com microcefalia. “O que existem são tratamentos de suporte, de acordo com o grau de lesão e dependência do bebê, pois existem diferentes apresentações, umas mais graves que as outras”.
O médico recomenda às gestantes a utilização do repelente. “Principalmente a base de icaridina, uma substância boa contra o mosquito”, diz Fernando. “O ideal é usar o repelente no início da manhã e no final da tarde, que são os momentos onde a fêmea (já que é a fêmea que pica) sai para procurar sangue. Outra sugestão é colocar telas nas portas e janelas. Sempre no início da manhã e no final da tarde, quando a temperatura cai, você deve fechar as janelas e portas”, alerta Fernando.
Já são 10 casos confirmados de grávidas com zika e cinco mortes por arboviroses no estado paraibano em 2022. Até esta segunda-feira (13), são 17.433 casos prováveis de dengue, 11.159 casos prováveis de chikungunya e 601 casos de zika.
O primeiro caso de gestante infectada pelo zika vírus foi registrado no mês de maio. Já a primeira morte, em decorrência da chikungunya, ocorreu em março deste ano. Das cinco mortes registradas, três foram em decorrência de dengue e duas por chikungunya.