O quarto suspeito de envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, se entregou a polícia ontem (23), em São Paulo.
Gabriel Pereira Dantas abordou militares na Praça da República, no Centro da capital paulista e informou que esteve envolvido na ação.
Na delegacia, Dantas contou que foi o responsável por pilotar a canoa que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, usou na execução do crime. Após os assassinatos, ele teria fugido para Santarém, no Pará. De lá, pegou um ônibus para Manaus, no Amazonas, seguiu para Rondonópolis, no Mato Grosso, e depois para São Paulo. Desde então, estava vivendo nas ruas.
O suspeito disse que estava bebendo, quando foi convidado para pilotar a canoa, mas que não tinha conhecimento sobre os objetivos do pescador.
Segundo o suspeito, Amarildo atirou primeiro em Dom e depois em Bruno. Após isso, chamou mais duas pessoas que teriam sido responsáveis por ocultar os pertences do jornalista e do indigenista, jogando as mochilas na margem do rio.
A Polícia Civil informou que Gabriel Dantas não tem registro de outros crimes. Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari. Eles viajavam pela região e entrevistavam indígenas e ribeirinhos para a produção de reportagens que seriam publicadas em um livro sobre invasões de áreas indígenas
da Redação